André Villas-Boas assumiu que estar grato ao trabalho e legado de Pinto da Costa, que considera ser “o presidente dos presidentes do FC Porto”, mas reforça a necessidade de mudança no FC Porto. Na cerimónia de apresentação da sua candidatura, o antigo treinador diz que os dragões precisam de viver uma nova fase, para construir “um futuro ainda mais ganhador”.

“Entre famílias de todos aqui presentes, esta é uma história de amor. Ser do FC Porto é uma elevação que nos distingue. Tudo isto é a razão da minha candidatura. Gostava de começar com uma intervenção de José Maria Pedroto para vos explicar o porquê desta candidatura. (…) Não ter receio em reconstruir ou deixar que outros assumam esse papel. A história não é benevolente com quem não conhece a sua evolução. Esta frase parece mais atual do que nunca. Sim, estamos e estaremos para sempre gratos a Jorge Nuno Pinto da Costa. Será para todos nós, adeptos e simpatizantes, o presidente dos presidentes do FC Porto. Mas é tempo de mudança. É tempo do FC Porto se lançar para um nova fase da sua vida e é tempo de construirmos um futuro ainda mais ganhador, assente nos mais elevados princípios de inovação, ética e transparência”, disse.

De resto, falando da atual liderança, AVB diz que o “FC Porto vive agarrado por gratidão a uma gestão sem rumo e sem nexo”. “Porquê esta candidatura e porquê agora? Porque neste momento já não somos capazes de construir valor, crescer enquanto clube e organização, propagar a nossa cultura, construir equipas vencedoras e cimentar o associativismo que tanto nos orgulha. De repente, parecemos capturados por um conjunto de interesses alheios ao FC Porto, que ferem os valores fundamentais da nossa instituição”.

“Nos últimos 10 anos, o FC Porto conseguiu encaixar mais de 700 M€ em vendas e, em 2015, fez o maior contrato de transmissões televisivas. Qual é a realidade atual? Um passivo de 500 M€ e uma dívida de 310 M€. A nossa capacidade competitiva ameaçada, as contas em total descontrolo. Nos últimos 20 anos, o FC Porto gerou mais 2,9 mil milhões de euros em receitas, e hoje temos um clube incapaz de acautelar a sua responsabilidade. Vive agarrado por gratidão a uma gestão sem rumo e sem nexo”.

Jornal Record

Este artigo foi originalmente publicado neste website

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