A Assembleia Geral da SAD do Sporting convocada esta tarde para 6 de fevereiro, além de deliberar sobre um empréstimo obrigacionista de 50 milhões de euros (que deverá ser lançado até ao final do ano), vai igualmente consumar a operação de conversão dos Valores Mobiliários Obrigatoriamente Convertíveis (VMOC) recomprados em dezembro ao Novo Banco.
Com a conversão antecipada dos VMOC (que estava aprazada para 2026) e a entrada do capital correspondente na SAD, os leões passam a ser donos de 88% da sociedade que gere o futebol leonino (atualmente têm 84%), o que acontecerá até ao próximo dia 15 de fevereiro, de acordo com a informação publicada no portal da CMVM, relativamente às duas emissões dos referidos títulos, tanto a de 2010 (equivalente a 27,4 milhões de euros) como a de 2014 (24 milhões).
O pedido formal será realizado “entre os dias 8 e 15 de fevereiro de 2024” e a conversão considerar-se-á “efetuada, nos termos da lei, a 15 de fevereiro de 2024.”
Entrada de investidor
A partir dessa data, o capital da SAD do Sporting aumentará dos atuais 150 milhões de euros para 202 M€, dos quais cerca de 177 milhões (os tais 88%) controlados pelo Sporting, ficando a administração de Frederico Varandas com o caminho livre para iniciar o que considera uma nova etapa, com a entrada de um investidor, através da venda de uma participação minoritária da SAD.
Como Record noticiou, os donos do Chelsea, um consórcio liderado por Todd Boehly, estão interessados em adquirir parte do capital da SAD do Sporting.
“Este é um marco histórico na vida do clube. (…) Um passo que permite arrancar a fase 2.0 do planeamento estratégico, criando as condições para a entrada de uma parceria estratégica minoritária no capital na SAD, para que exista um reforço da política de investimento, da melhoria da experiência de todos os sócios e da globalização do clube”, anunciou a direção de Frederico Varandas, em comunicado.
O Novo Banco, recorde-se, possuía cerca de 51 milhões de euros em VMOC, adquiridas em duas emissões (em 2011 e em 2014). Os títulos foram recomprados em dezembro por 15,4 milhões de euros, isto é, a cerca de 30% do preço de custo ou aproximadamente 70% de desconto. Para concretizar a recompra, o Sporting antecipou receitas do contrato da NOS, no valor de cerca de 50 milhões de euros, por meio de um financiamento com a Sagasta.
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