O E. Amadora defronta amanhã um moralizado V. Guimarães no D. Afonso Henriques. Na véspera do jogo, o técnico Sérgio Vieira lançou o duelo, que está agendado para amanhã a partir das 20h30. Entre mercado e o adversário, o treinador traçou ainda objetivos para a 2.ª volta.
O jogo da 1ª volta ainda vos está na cabeça e há uma verdade para repor? “Não, de forma alguma. Já passaram muitos meses e as circunstâncias são diferentes. O Vitória já trocou o comando técnico duas vezes e a forma como se apresentaram aqui tinha umas características e agora será diferente, até a nível emocional. Pela posição que ocupam e pelos resultados que têm tido vai ser um jogo diferente. Nós queremos ter a mesma ambição e não ficar em inferioridade numérica. Queremos jogar um futebol de qualidade e que nos permita trazer os 3 pontos.”

Rodrigo Pinho já vai ser opção? Espera que possa resolver os problemas ofensivos? “O Rodrigo Pinho já pode ser opção dentro de um plano de utilização contido, devido à ausência de período competitivo que teve. Do ponto de vista físico e fisiológico, vamos tentar ser responsáveis na sua utilização, tal como fizemos com todo o plantel no início da temporada ou quando voltam de lesão. Vamos incrementando os níveis físicos e a exigência. Do ponto de vista humano, estamos a falar de um jogador maduro e experiente que esperamos que nos possa ajudar, tal como todos os outros jogadores que podem jogar nessa posição. Esperamos que todos aumentam a capacidade de finalizar, mas também na última decisão. Exigimos muito a nós próprios e sei que os jogadores se cobram muito. Queremos melhor no último terço e ser mais eficazes. Acredito que isso vem com a chegada dos reforços, mas também com o amadurecimento da época e até dos relvados. É um objetivo que definimos para nós.”

Se o Vitória vencer, recupera o 4º lugar. Tendo isso em conta, está a preparar este jogo como se fosse contra um grande? “Quem faz a grandeza dos clubes são as pessoas, com a sua atitude, compromisso, ambição e resiliência. O Vitória é um clube com história e que luta por objetivos que o Estrela não tem lutado nas últimas décadas. Acredito que a ambição seja grande, mas as pessoas que compõem o nosso clube também são pessoas ambiciosas e com uma grandeza muito grande. Queremos sempre os 3 pontos em todo o lado, mesmo sabendo que o Vitória está numa boa sequência e a lutar pelas competições europeias. O Álvaro fez um excelente trabalho e estão num momento positivo. Temos de ter o mérito de poder contrariar isso, com muita qualidade e alma.”

As semelhanças táticas podem ser benéficas para a equipa ou algo mais complicado? “A parte estratégica é muito interessante e vai para além do sistema. O mais importante são os intérpretes, os jogadores, e também a liderança técnica. Acredito que as semelhanças estruturais existem, mas depois as dinâmicas podem ser diferentes. Não acredito que possa ser mais fácil ou difícil por causa do sistema. O jogo poderá ser muito rico e é isso em que nos vamos focar. Além da ambição e de querer conquistar os 3 pontos, temos de desfrutar da nossa profissão e que todos se sintam realizados ao assistir ao jogo.”

A porta está aberta para entradas, também está para saídas? “Eu, o presidente, o diretor desportivo, a equipa técnica e de scouting estamos a ser responsáveis e refletimos a todo o momento sobre o que é melhor para o Estrela e para os nossos objetivos. Para mim, o que quero é estar o máximo de tempo possível com o jogador que escolhemos para estar connosco. Nós conhecemos, desenvolvemo-nos e lutamos juntos, por isso não gosto que o ciclo se quebre ao fim de seis meses, mas infelizmente é a regra e a lógica do futebol. Aqui vamos tentar sempre fazer o melhor por todos. No caso do Almeida foi benéfico para ele. A exigência e os objetivos vão ser importantes até porque ele o mencionou na despedida. Qualquer decisão vai ser sempre a pensar no todo. Onde eu estiver nunca vai existir o descartar, há sempre critérios de avaliação. Até aos últimos minutos ou segundos do mercado pode haver mexidas e temos de agir com naturalidade.”

Na conferência de antevisão esteve também presente o médio Pedro Sá.

Foste titular em Barcelos, é o melhor Pedro da época? “Sim. Fiz cerca de 10 jogos e sinto-me bem. Na semana passada fui titular e agora é dar seguimento. Treinando sempre bem e superar-me. Os índices físicos também estão a aumentar e isso é que é preciso para ter sucesso.”

Qual foi a principal mensagem da semana? “Fazer as coisas simples. O futebol não é muito complexo. Estudámos bem o nosso adversário, sabemos o que eles gostam de fazer e também sabemos o que temos de fazer. Será importante ter confiança com bola.”

A experiência vai ser importante? “Sim, claro. É sempre importante ter jogadores com experiência em jogar no D. Afonso Henriques, mas não é o mais importante. Estando a confiança no máximo, às vezes até são os que têm menos experiência que fazem a diferenças.”

Como é que o Rodrigo Pinho e o Bucca estão a ser integrados? “Está a ser fácil, o grupo é bom e estão a ser abraçados. Sabemos das qualidades deles e vieram para ajudar e tornar o grupo mais competitivo. Queremos que todos se sintam bem cá.”

Administrador

Este artigo foi originalmente publicado neste website

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