O Estrela da Amadora joga esta sexta-feira, às 19h30, a quarta eliminatória da Taça de Portugal em Vizela e Sérgio Vieira, técnico dos tricolores, depara-se com uma vaga de lesões pouco usual: são nove os elementos entregues ao departamento médico (os guarda-redes Bruno Brígido e António Filipe; os defesas Pedro Mendes, Miguel Lopes e Mansur; o médio Pedro Sá; e os avançados Regis Ndo, Alioune Ndour e Ronaldo Tavares). O treinador de 40 anos, porém, confia na resposta dos jogadores que terá ao seu dispor, mesmo que adaptados a outras posições.
“Temos que ser fortes, independentemente de quem esteja lá dentro. Se vamos jogar com três centrais de origem, ou com três laterais no lugar deles, ou três médios no lugar dos centrais, dois extremos no lugar dos alas, não é importante. Já variámos muito, o João Reis já jogou a extremo, deixámos o Ali e o Ronaldo Tavares no banco e jogámos com o Kikas na frente. O mais importante são as regras, a dinâmica, não é o jogador ‘a’, ‘b’ ou ‘c’. Tem a ver com o rigor coletivo, é o mais importante. Temos vários jogadores que passaram por diferentes posições e essa polivalência é um trunfo muito importante, essa capacidade de interpretar o jogo, independentemente da posição”, vaticina Sérgio Vieira, que revela dois eventuais regressos: “O [Erivaldo] Almeida tem reagido positivamente, tem trabalhado connosco, poderá ser uma opção; o Gustavo [Henrique] também poderá ser uma opção. Jogando de início, ou a partir do banco, são jogadores que já estarão disponíveis”.

Quanto ao adversário, o treinador do Estrela da Amadora não espera facilidades, nem conta concedê-las. “O Vizela estabilizou um pouco nos resultados positivos, tem uma base que transita da época passada, já identificada com a exigência da 1ª Liga, da Taça de Portugal. Ajustou, recentemente, a sua forma de jogar, as suas dinâmicas, tem jogadores para nos criarem problemas, têm confiança em passar a próxima eliminatória. Temos de respeitar muito, vamos jogar numa casa difícil, com adeptos que apoiam muito a sua equipa, nos bons e nos maus momentos. Vai ser difícil, só com muito respeito, mas com muita ambição também poderemos conseguir ultrapassar esta eliminatória”, perspetiva.
 
A paragem para os compromissos das seleções foi encarada como uma pausa benéfica pelo técnico do Estrela da Amadora. “Vemos sempre as coisas pelo lado positivo. Foi bom para trabalharmos, com os jogadores que tínhamos, acompanhar os que não estavam cá, mas nos compromissos das suas seleções, os que estavam entregues ao nosso departamento médico e continuar a estimular ao nível técnico, tático, individual e coletivo, os que estavam disponíveis”, avalia, comentando ainda a chamada dos centrais sub-23 Afonso Pinto e Tiago Gabriel para suprir as lesões de Pedro Mendes, Miguel Lopes, Mansur e as ausências nas seleções de Kialonda Gaspar (Angola) e Johnstone Omurwa (Quénia): “Os miúdos da equipa B, dos sub-23 têm vindo a crescer, a desenvolver-se e a tentar ter o seu espaço na equipa principal – ou até noutros níveis competitivos, como é o caso do Luan, que neste momento disputa uma boa etapa de amadurecimento para ele que é a 2ª Liga [o avançado de 20 anos está cedido ao Tondela, levando 3 golos e 2 assistências nos sete jogos realizados no campeonato], para que possa, na etapa seguinte, estar a um bom nível na 1ª Liga, no Estrela da Amadora. Temos um conjunto de 4, 5, 6 atletas que frequentemente têm vindo trabalhar connosco, é um hábito. Infelizmente, a calendarização dos sub-23 é diferente da equipa principal, jogam à terça-feira, é algo que não é muito positivo e talvez devesse ser revisto por quem organiza as competições. Têm potencial, se e quando terão oportunidade, teremos que avaliar, são patamares diferentes”.

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Este artigo foi originalmente publicado neste website

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