Roger Schmidt entende as críticas dos adeptos, garante que nem tudo está mal no Benfica. O treinador dos encarnados recorda que houve uma evolução desde que chegou à Luz há um ano e meio e mantém plena confiança nos seus jogadores.
“Nem todos os adeptos têm a mesma opinião, mas claro que podemos sempre falar desse tipo de decisões”, explicou, quando questionado por que tirou João Neves de campo no jogo com o Moreirense. “Discutimos sempre isso quando não se ganha, é normal. É também normal ter de responder a este tipo de perguntas enquanto treinador, mas o Florentino e o João Neves tinham feito jogos muito intensos e estavam um pouco cansados. Foi bom contarmos com outro tipo de energia na 2.ª parte, onde tivemos várias oportunidades para marcar. Ficou 0-0. Quando os adeptos não estão satisfeitos… Mas sei que nem todos pensam da mesma maneira, sei que alguns estão muito satisfeitos, até pelo que fizemos no último ano e meio. Se virem como o Benfica estava quando começámos e como está agora, acho que foi uma grande evolução. Os jogadores merecem toda a nossa consideração. Há sempre alguns que vão ser mais negativos e se fazem ouvir mais, mas isso acontece não só no futebol. Há sempre pessoas que aproveitam quando algo está mal para falarem, para aparecerem. Sabemos que a generalidade dos adeptos nos apoia.”
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Mas, que estará a faltar ao Benfica, que mudou de um ano para o outro? “Também fiquei com a ideia que a época passada foi muito difícil. Quando estamos no Benfica, a única coisa que interessa é ganhar troféus. Claro que quando alcançamos os nossos objetivos as coisas parecem mais simples, mas para mim não foi. Na Liga dos Campeões as coisas são diferentes. Esta temporada não foi ‘a nossa época’ na Champions. Ainda é possível fazermos uma primeira volta melhor do que no ano passado no campeonato, são coisas normais. Todos os jogos são um grande desafio.”
E prosseguiu: “Os jogos para as equipas favoritas são sempre complicados e vemos isso todos os dias. Temos de estar sempre concentrados e precisamos de olhar para a época dessa maneira. É esse o nosso foco. Por vezes é difícil, e claro que nesta fase não estamos perfeitos, até porque há algumas semanas que não podemos contar com jogadores importantes, como o Neres, o Bah. Perdemos jogadores de topo relativamente ao ano passado, mas ganhar 29 em 36… Merecemos todos os pontos que ganhámos até agora. Nós fomos melhores do que as equipas. Estamos a jogar muito bem e vejo com muito bons olhos o que os jogadores estão a fazer, dão sempre o seu melhor, lidam sempre muito bem com a pressão de estarem no Benfica. Lutam, jogam à bola… Estou convicto que muitos benfiquistas nos apoiam”.
Por André Santos
Este artigo foi originalmente publicado neste website