Em pleno mercado de transferências, Rui Costa admite algum cansaço, mas também reconhece que tal é natural no cargo que ocupa, ainda que se sinta muito feliz na presidência do Benfica.
“Neste cargo, é difícil não estar cansado. Mal era se eu estivesse bem folgado. É um cansaço relativo, como dizemos, usando expressão de campo, aquele cansaço quando se chega ao balneário e ganhámos o jogo. Vale a pena estarmos cansados. É tudo mais complicado para o presidente do que para os jogadores, mas é um período de muito ritmo, de muito trabalho, exigência, mas como digo, quando acabar este período, depois vai acalmar. Mas nunca acalma”, anotou, numa entrevista à Liga.

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Apesar da responsabilidade da função, Rui Costa não tem problemas em enaltecer a relevância de duas figuras que o acompanham neste trajeto nas águias, mas vinca que em caso de ‘derrota’, a culpa é sempre do presidente. “Não trabalho sozinho. Felizmente, neste clube não trabalho sozinho em nenhum aspeto e as pessoas que tenho à minha volta na parte mais relacionada com o futebol têm contribuído de forma extraordinariamente positiva para tudo aquilo que tem acontecido com a equipa de futebol. Nada neste clube é feito apenas por uma pessoa. Desde o dr. Lourenço Coelho, que faz um trabalho extraordinário no acompanhamento à equipa, em todas as necessidades do grupo e da equipa técnica, é a minha salvaguarda. Ao Rui Pedro Braz, que me acompanha no mercado e que tem tido um trabalho exemplar naquilo que tem sido a sua manobra de mercado. Em nada estou sozinho. É isto que procuramos fazer internamente, um trabalho coletivo e não só de uma cabeça. Claro que depois tenho que assumir as decisões, mas isto dá-me o conforto que queria encontrar no Benfica, não haver aqui individualismos. Ganhamos todos, perde o presidente”, sublinhou.

Rui Costa abordou ainda a escolha surpreendente de Roger Schmidt para liderar as águias, desde a época passada. E, neste particular, admite que foi uma escolha pessoal. 

“Foi uma aposta minha, assumo essa aposta se correr mal, mas foi a escolha que eu fiz. Uma escolha enquadrada no momento que vivíamos. Vínhamos de três anos sem ganhar, com muita polémica em torno da equipa. Com o devido respeito que me merece e tem qualquer treinador português, na minha visão era necessário um treinador estrangeiro. Optei por um estrangeiro que pudesse estar alheado de todas as confusões em torno do Benfica naquele momento. Queria um treinador com outras ideias, um novo perfil, que estivesse desligado do que eram os movimentos em torno do clube, de todo o ruído em termos de comunicação social. E sendo estrangeiro, a falar uma língua diferente da nossa, não iria estar a par do que a imprensa diária iria dizer. Acredito que naquele momento qualquer treinador português seria condicionado por isso se as coisas não começassem bem. Depois o Roger Schmidt já nos tinha defrontado quatro vezes, tinha seguido o trajeto deste treinador e achei, e continuo a achar, que tinha aquela filosofia que eu queria implementar no Benfica. Felizmente resultou e agora vamos ver o futuro”, referiu o presidente dos encarnados.

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