O médio internacional português Pizzi, que assinou até junho de 2024 pelo Al Wahda, explicou esta quinta-feira que o episódio de um alegado incidente com um dos adjuntos de Jorge Jesus a meio da temporada de 2020/21 «foi inventado» e «tomou proporções que não devia».

«Dei por mim a pensar ‘saíste de um clube onde foste muito feliz mas deixaste a tua marca, no qual, de certa forma acabaste, como pessoa, por marcar as pessoas com quem trabalhaste diariamente no Seixal’. Não foi o Pizzi que foi posto em causa pelo que faz no campo: foi o cidadão, o Luís Miguel Afonso Fernandes que foi posto em causa. Recebi muitas mensagens de adeptos, a eles o meu obrigado: estão no meu coração», afirmou a propósito o futebolista neste dia, numa extensa entrevista ao Canal 11, perto de Viena, na Áustria, onde a formação do Abu Dhabi, orientada por Carlos Carvalhal, se encontra a estagiar.

«Os meses mais difíceis foram após o jogo no Dragão, sim. O que se passou? Perder um jogo pelo Benfica já é difícil, perder por 0-3 no Dragão com o FC Porto dói muito para quem está lá dentro. Foi um desabafo que tomou proporções que não deveria ter tomado, de todo», admitiu Pizzi ao jornalista Miguel Belo.

Muito por ‘culpa’, alegadamente, e segundo Pizzi, do mensageiro. «A comunicação social, hoje em dia, está de uma forma que não é positiva para o futebol: fala-se e inventa-se coisas que não são verdade, e a coisa tomou proporções que não deveria ter tomado. Isso é que me magoou: é totalmente mentira, houve coisas totalmente inventadas», sublinhou a propósito.

«Nós, jogadores, já estamos habituados. Mas quando implica já a minha família e pessoas ligadas a mim ficaram chateadas, é outra coisa. Falar da pessoa… custa! Foi mais isso o que me magoou. Sempre tentei, dentro de campo, dar o meu máximo pelo Benfica. É isso que quero que as pessoas guardem para sempre, e não estes casos inventados. E já agora, gostava que o futebol português mudasse este tipo de mentalidades. Já se mete família, já se mete os filhos… isso não», foi o repto de Pizzi, após revelar «ser verdade, sim» ter apontado 18 golos num só jogo (!) de futebol de 7 pelo Desportivo de Bragança na infância, num célebre dérbi transmontano com o Mirandela, ter acabado o ensino secundário «com média de 18» e a Matemática ser a disciplina que era o seu forte.

Ocasião, também, para reforçar o óbvio: a componente financeira também pesou na escolha pelo Al Wahda, contrato no qual, alegadamente, irá auferir um salário de €2 M. «Não sou hipócrita, é claro que foi uma das coisas que pesou na minha decisão e escolha. Quando tens filhos, e com uma carreira curta, pensas de outra maneira. Mas o conforto, os portugueses, o ‘mister’ Carvalhal e até o Adrien, de quem sou muito amigo, bem como a minha família, ajudaram-me a tranquilizar-me quanto ao conforto», revelou o médio internacional luso.

Jornal A Bola

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