Pinto da Costa deixou críticas a André Villas-Boas, antigo treinador dos dragões e candidato à presidência do FC Porto. Tudo isto sem anunciar a sua recandidatura.
“Então os nossos inimigos é que apoiam um candidato para o meu clube? Aqui há gato. Mesmo gostando de animais, desse tipo de gatos não gosto. Isso pode ser um argumento para eu tomar decisão diferente daquela que eu acho que, para mim, era a melhor”, considerou Pinto da Costa, em entrevista ao programa ‘Primeira Pessoa’, da RTP, que irá para o ar na íntegra no final deste mês.

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E continuou de mira apontada a Villas-Boas. “Quando vejo uma pessoa que quer ser presidente, porque é uma obsessão que tem, isso não é servir o FC Porto, não é ser diretor do FC Porto como eu fui, eu comecei como chefe de secção. Agora, quando vejo uma pessoa que tem uma obsessão, diz que quer ser o presidente, que percurso teve? Se eu visse que havia uma pessoa, que toda a gente viu, quer que seja e ele aceita ser como missão, eu não me recandidataria de certeza”.

Pinto da Costa recuou ainda aos tempos de Villas-Boas como treinador do FC Porto para concluir: “A cadeira de sonho dele acabou quando lhe acenaram com dinheiro. Teve uma cadeira sonho, ganhou o campeonato, ganhou tudo, tinha uma equipa fenomenal. Estava eu tranquilo para a época seguinte, fui chamado pelo Antero [Henrique, então diretor geral do FC Porto], porque ele queria ir embora, tinha um contrato milionário no Chelsea. Quando os sonhos terminam com dinheiro, para mim são sonhos que não são de recordar”.

Sobre a possibilidade de concorrer ao 16.º mandato consecutivo, o atual presidente dos dragões explicou: “Primeiro, tenho um projeto, ter a equipa de futebol novamente nos primeiros lugares da Europa. Depois quero ter a academia, ter a certeza que se faz e que vai ser a melhor academia de Portugal”.

Pinto da Costa lembrou ainda que nunca fez campanha eleitoral e garantiu que nunca irá fazer. E se perder a corrida de abril deste ano? “Para mim perder a eleição não seria uma humilhação. Sairia de consciência tranquila. Tenho um projeto, as pessoas sabem o que é o meu projeto, tenho uma obra feita, as pessoas sabem. Se as pessoas quiserem mudar, plenamente… Os sócios é que mandam”, rematou.

Jornal Record

Este artigo foi originalmente publicado neste website

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