Pedro Teixeira recorreu na manhã desta terça-feira às redes sociais para, num longo comunicado, lamentar as cenas de pancadaria que aconteceram na noite de ontem, na Assembleia Geral do FC Porto. O ator, que há poucos dias tinha trocado alguns argumentos com Fernando Madureira, falou sobre o “descalabro” e a “vergonha” que se viveram, falando também em “sócios agredidos na bancada, homens e mulheres de todas as idades”. 
Leia o comunicado de Pedro Teixeira na íntegra:

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“Hoje acordei, olhei para o pulso e percebi que não tinha sido só um pesadelo.

A Assembleia Geral do FC Porto aconteceu mesmo e não podia ter corrido pior.
Podíamos falar da falta de organização, podíamos e devíamos ter discutido os pontos que estavam a ser votados com vista à alteração dos estatutos.

Podíamos ter estado em paz a votar numa das maiores Assembleias de sempre do clube, onde os sócios compareceram de uma forma estrondosa.. e que bonito que estava a ser.
Ver milhares de sócios à espera para exercer o seu direito ao voto, para participar e ter uma voz ativa. Estávamos felizes enquanto esperávamos naquela fila interminável, olhávamos uns para os outros com orgulho no que estava ali a acontecer.

A pior parte veio depois. Começaram a surgir os primeiros relatos vindos da primeira sala, do auditório.

Mais tarde, a notícia de que a Assembleia ia ser suspensa por 45min e que ia ser dada a oportunidade a todo este mar imenso de sócios de estar presente e poder participar, num recinto que nos acolheria a todos.

O que assistimos depois foi um descalabro, bastava um simples manifesto para que se fosse destratado com insultos. Foi uma vergonha, sócios agredidos na bancada, homens e mulheres de todas as idades.

Isto tudo perante uma direção e uma mesa da Assembleia Geral impávida e serena enquanto sócios do clube eram varridos das bancadas. A única coisa que interessava era prosseguir com a ordem de trabalhos. Não houve uma palavra, os braços e as pernas continuavam cruzados enquanto tudo acontecia mesmo ali à frente de todos.

Pouca segurança, zero polícia de segurança pública, pancadaria e intimidação.
Isto está errado!
Uma situação destas jamais poderia ter acontecido num país livre e democrático.

Senti medo e vergonha do que se passou.
É um dia impossível de esquecer.

Dia 20 há nova Assembleia Geral, e será bonito e extremamente importante que estivéssemos lá todos novamente e num clima muito mais sereno e seguro, pois será inaceitável e incompreensível que depois do que se passou ontem a PSP e o Ministério Público não tomem medidas e protejam a ordem pública e a segurança de todos.

Viva o FC Porto!”.

Jornal Record

Este artigo foi originalmente publicado neste website

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