Jorge Fernandes falou aos meios do V. Guimarães e, entre outros assuntos, começou por registar o sentimento de frustração do grupo pelo empate da última jornada, frente ao Benfica.

O defesa-central justifica o facto de ser o que tem mais minutos no plantel pela confiança que lhe é transmitida pela equipa técnica e companheiros, isto numa época em que não teve os problemas do passado com muitas lesões.

Jorge Fernandes fala ainda de “um trunfo permanente” o apoio que a equipa sente por parte dos adeptos do V. Guimarães.

A frustração provocada pelo empate com o Benfica, num jogo em que o Vitória fez mais para ganhar, vai manifestar-se de que forma em Portimão?
“Queremos dar uma resposta diferente e positiva, conquistando os três pontos em Portimão. Temos noção da nossa qualidade e, por isso, ficámos frustrados com o resultado do jogo com o Benfica, mas é importante deixar isso para trás para nos focarmos bem naquilo que temos de fazer no próximo jogo, para ganhar”.

Face à baixa por castigo de Borevkovic, perspetiva-se o regresso de Manu Silva à defesa como titular. Ele já atuou na segunda parte do jogo com o Benfica e, pelo que se viu, o entendimento é perfeito com o Jorge Fernandes e o Tomás Ribeiro…
“O entendimento é muito bom com ele, tanto em campo como fora dele. Fizemos alguns jogos juntos no começo da época e, por isso, sinto-me confortável a jogar tanto com o Manu como com o Toni Borevkovic. Quem entra mostra sempre grande qualidade e isso faz de nós uma grande equipa. Temos um grande plantel porque todos estão sempre muito motivados para ajudar”.

O Jorge Fernandes é nesta altura o jogador com mais minutos somados do plantel, depois de duas épocas de menor utilização. A que se deve essa subida de forma e fiabilidade?
“O que mudou? É fácil responder a essa questão: deixei de sofrer lesões. Os jogadores correm sempre esse risco e, infelizmente, passei por uma fase menos boa nesse capítulo. Depois dessa fase, passei a focar-me totalmente no meu trabalho, naquilo que eu posso controlar e isso acabou por dar bons frutos. Os treinadores e os meus companheiros também me transmitem muita confiança, pelo que tudo tem ajudado a estar a fazer uma boa época e a somar tantos minutos. Quero dar continuidade a esse trabalho”.

O Vitória é a quarta melhor defesa do campeonato, atrás de Benfica, FC Porto e Sporting. A consistência defensiva ajuda a explicar a boa campanha da equipa?
“Podemos dizer que [a consistência defensiva] é um dos segredos do Vitória. Pensamos sempre em ganhar e sabemos que estaremos sempre mais próximos dos êxitos se sofrermos menos golos ou se não sofrermos nenhum. O Vitória tem estado bem em vários aspetos, tanto a atacar como a defender. Há que dar continuidade a este trabalho”.

A ausência de Bruno Varela também não se revelou um problema nos últimos dois jogos. Aliás, sempre que falta uma opção, os efeitos negativos têm sido praticamente nulos. Este é um plantel homogéneo e recheado de soluções?
“O plantel tem qualidade e oferece várias opções ao treinador. Resta-nos dar o nosso melhor no dia-a-dia para estarmos prontos sempre que surge uma oportunidade. Foi o que se verificou com o Charles, que rapidamente deu provas da sua qualidade. Por outro lado, a equipa dá sempre o máximo no sentido de ajudar os jogadores que vão entrando”.

Álvaro Pacheco já disse que gostaria de defrontar o FC Porto nas meias-finais da Taça de Portugal. O Jorge Fernandes partilha do mesmo desejo?
“Qualquer que seja o adversário, vamos para as meias-finais da Taça de Portugal para ganhar. Temos o sonho e a ambição de disputar a final da competição no Jamor. O grupo tem esse sonho bem presente. Quando chegar o dia do primeiro jogo das meias-finais, vamos estar prontos para dar o nosso melhor. Depois veremos o que acontece”.

As bancadas no Estádio D. Afonso Henriques cada vez mais cheias…

“Temos sentido muito o apoio dos nossos adeptos. É um trunfo permanente. Queremos continuar a tê-lo, tanto em casa como fora. Tivemos uma boa casa no jogo com o Benfica e também contámos com um apoio enorme em Vizela e em Barcelos. Queremos retribuir e corresponder em campo, dando mais alegrias aos nossos adeptos. Somos uns privilegiados, resta-nos continuar a aproveitar esse apoio e dar o nosso melhor em campo”.

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Este artigo foi originalmente publicado neste website

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