“Isso é uma pergunta bastante fácil. São muito fortes”. Foi assim que começou a primeira resposta de João Pedro Sousa na conferência de antevisão à partida da 12.ª jornada da Liga Betclic, quando questionado sobre que equipa esperava encontrar no FC Porto. O técnico do Famalicão admitiu que a exigência do encontro de amanhã é enorme e que os dragões “vão criar dificuldades”, mas salienta o aspeto competitivo que vem de enfrentar dois jogos da Taça de Portugal, incluindo o anterior, com o Benfica. 
“A grande incógnita é saber se vamos criar problemas a uma equipa como o Porto. Trabalhámos a nossa semana sobre o jogo, trabalhámos também sobre o que fizemos bem diante do Benfica. Hoje, focámo-nos um pouco no adversário para o jogo de amanhã. A nossa forma de jogar mantém-se, claro, embora condicionada pelo modelo de jogo do FC Porto e pelo que eles possam apresentar”, refletiu o treinador famalicense. 

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Sente um plantel confiante, mesmo com a derrota com o Benfica?

“Sim, e se recordar, na antevisão ao Benfica, para além de dizer ser importante estarmos em várias competições,  era importante que passássemos por jogos competitivos. Isso já percebemos. Estávamos preparados para disputar o jogo, só não o ganhámos. Somos também muito exigentes na nossa análise, o que podemos melhorar e trabalhar. Gostámos do que vimos, mas não gostamos do resultado. Queremos manter muito do que nós fizemos, criar problemas, mas sabemos que o nível competitivo é muito alto, porque a equipa é recente, tem uma média de idades muito baixa. Nós temos a vantagem de não termos parado nas seleções porque jogamos na Camacha, foi importante e percebeu-se que temos nível competitivo e preparação de jogo.”

A falta de Otávio no eixo defensivo é debilitante?

“Nada, zero. Quando falta o Otávio quem costuma jogar é o Justin [De Haas]. Ele tem dado boas respostas, fortes, dá-nos outras possibilidades. O Otávio é muito rápido e provavelmente não teremos essa velocidade no eixo, porém, teremos melhor construção de bola, porque o Justin é muito bom nisso.”

Sofre sempre muitos golos contra o FC Porto.

“É difícil fazer uma comparação, mas está fresco na memória. Infelizmente fizemos mais jogos assim, a sofrer muito. Podemos, se calhar, colocar a possibilidade das duas equipas estarem sempre a querer ganhar o jogo. No caso da eliminatória da Taça, esteve tudo sempre em aberto e tínhamos o desejo de ganhar para chegar ao título. São duas equipas que jogam para ganhar, isso é certo.”

Sérgio Conceição disse que vir a Famalicão era uma das deslocações mais difíceis do FC Porto. Quer transformar o Estádio Municipal numa espécie de fortaleza?

“Temos muito da nossa capacidade por competência própria. Claro que queremos vencer os jogos em casa, porque temos de tornar a vida dificil a quem vem cá, com a ajuda das pessoas a apoiarem-nos. Mas, dentro do campo, também temos de tornar as coisas complicadas. Já tivemos jogos muito difíceis em casa, por exemplo, aos 70 segundos do jogo com o V. Guimarães estávamos a perder. Queremos ser fortes em casa, mas também fora. Queremos ser uma equipa forte em geral. Não podemos acreditar que somos fortes em casa e fracos fora. A vantagem é termos os nossos adeptos mas, de resto, somos a mesma equipa.”

Que análise faz à sua própria equipa?

“Temos uma soma de variáveis que podem causar problemas a qualquer equipa do campeonato. Mas tem tudo a ver com o que começámos a construir. Primeiro um plantel e só depois uma equipa. Depois, a base de construção de jogo, iniciando-se pelo processo defensivo, processo ofensivo e transições. Claro que podemos inverter tudo, mas certo é que no início é normal haver dificuldades, como as que temos e ainda vamos ter no processo de evolução. Estamos a melhorar o processo defensivo e o regresso de lesionados também nos ajuda muito.”

Jornal Record

Este artigo foi originalmente publicado neste website

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