Hjulmand chegou ao Sporting como um desconhecido para a maioria dos adeptos sportinguistas, mas tem vindo a cimentar a sua posição no clube de Alvalade. O camisola 42 custou aos cofres da SAD leonina 18 milhões de euros, de modo a surgir a pronto como o sucessor ideal para Ugarte, que partiu em direção ao PSG no último mercado de transferências do verão, e em entrevista à Sporting TV revelou como se deu o interesse dos verdes e brancos.
Tal como o nosso jornal deu conta na altura, Hjulmand surgiu no radar dos leões após uma nega dada pelo Fluminense relativamente à possível contratação de André – o tricolor pediu 25 milhões de euros pelo médio brasileiro, um valor proibitivo na perspetiva do clube de Alvalade – e nessa fase a direção liderada por Frederico Varandas avançou para a aquisição do dinamarquês junto do Lecce.
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“O interesse surgiu no início de agosto. Começámos a conversar um pouco com o Sporting e fiquei muito honrado por um clube como o Sporting estar interessado em mim. Conhecia a história do clube e sabia que era um dos maiores clubes em Portugal e na Europa. É conhecido em todo o lado. Por isso, foi uma grande honra. Falei com alguns jogadores com ligação ao Sporting e também com o staff daqui para perceber as suas ambições que tinham para mim e para o clube. Fiquei feliz pelo tempo que me deram para eu perceber se era o passo certo na minha carreira”, referiu o médio cuja contratação custou 18 milhões de euros ao Sporting, mas poderá ascender a 21 milhões mediante objetivos concretizados.
A verdade é que Hjulmand acaba por ser o segundo dinamarquês a alinhar pelo Sporting, depois do consagrado Peter Schmeichel, guardião que esteve só duas épocas em Alvalade, mas deixou a sua marca ao ajudar à conquista do título de 1999/00. Na realidade, após ter assinado pelos verdes e brancos, o médio de 24 anos cruzou-se com o ‘Great Dane’ pouco tempo depois e o motivo de conversa foi, claro, os tempos no Sporting.
“Sei que ele venceu um campeonato no clube. Conheci-o dois meses depois de assinar pelo Sporting. A primeira coisa que me disse foi ‘sabes o quão grande é o Sporting?’ e eu disse que sim, que era um grande clube. Aí, uma das pessoas que ele se lembrou logo foi, claro, o Paulinho”, referiu acerca do mítico técnico de equipamentos do Sporting que ainda continua na memória do ex-guardião que foi campeão europeu pela Dinamarca em 1992.
Destacando ainda a capacidade dos escandinavos em adaptar-se a novas realidades, Hjulmand lembrou ainda como se adaptou à realidade em Alvalade nos primeiros tempos. “Sabia que em Portugal se produz muito talento e grandes jogadores. Vê-se por todo o Mundo. Claro que precisas de uma mentalidade trabalhadora para produzir todos estes jogadores. Quando cheguei, pensei ‘ok, este deve ser um clube com essa mentalidade’. Vi isso desde o primeiro dia em que cheguei. O Sporting é um grande clube também na formação, porque vemos pela forma como os jogadores e staff trabalham. Quando os jogadores da formação treinam connosco, vemos a sua qualidade, e isso é que é incrível no Sporting. Têm uma ambição para esses jogadores e para que se possam mostrar quando chegam à equipa principal. E que tentem chegar e jogar na equipa principal. Para mim, este é o caminho certo para o Sporting. Tem de ser um clube que produz grandes talentos, grandes jogadores e com grande caráter. Claro que precisamos de ter talento, mas também é importante ter saúde mental para ser um jogador de topo. É isso que o Sporting tenta fazer com os miúdos para que estejam prontos quando cheguem à equipa principal. Vejo qualidade no treino e vejo na mentalidade dos miúdos que vão à equipa principal. Sabem que tipo de pressão existe no Sporting e o que significa ser um jogador do Sporting. Tento dar-lhes conselhos no treino. Sobre o Sporting, acho que devem falar com jogadores que estão aqui há mais tempo do que eu. Só estou há alguns meses e há outros que sabem de certeza mais do que eu”, concluiu.
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