A treinadora do Benfica, Filipa Patão, considerou esta terça-feira que o futebol feminino português está “a anos-luz” do espanhol, mas recusou atirar “a toalha ao chão” antes do encontro com o Barcelona, da Liga dos Campeões.

Em conferência de imprensa de antevisão do encontro da sexta e última jornada do Grupo A, no Seixal, Filipa Patão reconheceu que as rivais de quarta-feira são “a melhor equipa do mundo”, mas frisou que as encarnadas não podem colocar “limites” às suas ambições.

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“Temos noção de que o futebol [feminino] português ainda está a anos-luz do espanhol e o próprio Barcelona está a anos-luz do futebol espanhol. Mas isso não é sinónimo de atirar a toalha ao chão, de entrarmos derrotados”, afirmou a treinadora das águias.

Assumindo o objetivo de “fazer melhor” do que nos jogos anteriores frente às bicampeãs europeias (derrotas por 9-0 e 6-2 na época passada, e por 5-0 na presente edição), Filipa Patão reconheceu que “é muito difícil” levar de vencida as catalãs, mas vincou que a sua equipa também pode “fazer coisas bonitas” e, sobretudo, “dignificar a camisola”.

“Não colocamos limites, independentemente de sabermos que o adversário é muito difícil. Também temos a noção de que só se conseguem grandes conquistas arriscando e tentando fazer diferente. E temos a responsabilidade de não limitar os sonhos das jovens jogadoras que temos atrás de nós. Se estivermos a dizer-lhes que não [é possível], estamos a limitar os seus sonhos”, apontou a treinadora.

O Benfica já está apurado para os quartos de final, objetivo que assegurou na quinta-feira, pela primeira vez em três participações na fase de grupos da Liga dos Campeões feminina.

Ainda assim, Filipa Patão insistiu que “não há borlas” na hora de escolher a equipa que vai linhar frente ao Barcelona, um adversário que “não vai poupar esforços e se puder ganhar por 10 não vai querer fazê-lo por seis”.

“As jogadoras sabem que para jogarem é preciso estar bem e trabalhar muito para o merecer. Se for fácil lá entrar por gestão, ou porque está ganho, isso não representa as dificuldades de vestir a camisola do Benfica. Vamos usar as jogadoras que nos derem mais sinais de que estão preparadas para um jogo desta dimensão”, assegurou.

Quem não vai entrar em campo, seguramente, é Andreia Norton, que foi operada a uma apendicite aguda na noite de segunda-feira, no Hospital de Santa Maria, informou fonte oficial do clube da Luz.

“Não vai estar connosco nas próximas duas ou três semanas. É mais uma baixa, mas, como costumo dizer, o azar de umas é a sorte de outras e temos no plantel jogadoras que conseguem fazer várias funções”, confirmou Filipa Patão.

Apta está, por sua vez, Andreia Faria, que assumiu a “vontade de mostrar a evolução” que o Benfica tem tido no seu “percurso de Champions”, mas não quantificou o que poderá ser um resultado positivo.

“Um bom resultado é sempre jogar bem, colocar em prática o nosso melhor futebol, mostrar que há aqui uma evolução e que conseguimos bater-nos bem contra o Barcelona. É uma equipa muito difícil, mas também queremos mostrar que somos capazes e temos talento”, apontou a média das encarnadas.

O Benfica recebe na quarta-feira o Barcelona, em encontro da sexta e última jornada do Grupo A da Liga dos Campeões feminina, com início previsto para as 20h00, no Benfica Futebol Campus, no Seixal, e arbitragem da albanesa Emanuela Rusta.

A equipa orientada por Filipa Patão tem o segundo lugar do grupo garantido, atrás das blaugrana, e o consequente apuramento para os quartos de final, mas procura estrear-se a vencer contra as catalãs, adversário contra o qual saiu derrotada nos três encontros disputados nas últimas duas épocas.

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Este artigo foi originalmente publicado neste website

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