Sérgio Conceição faz este sábado a antevisão ao FC Porto-Sp. Braga, partida da 17.ª jornada da Liga Betclic agendada para amanhã às 20H30.
Jogo frente a um candidato ao título que, nesta altura, apresenta números interessantes. Que Sp. Braga espera amanhã? “Esperamos uma equipa que, neste momento, é 2.ª classificada nos jogos fora, com um ataque e um processo ofensivo muito capaz e competente. Espera-nos um jogo difícil como tem sido nos últimos anos, contra uma equipa cada vez mais assumida como candidata ao título. Cabe-nos fazer um bom jogo e principalmente ganhá-lo”.

Acabou de colocar o Sp. Braga entre os candidatos ao título. FC Porto ainda só defrontou esses candidatos como visitante, é a primeira vez que o vai fazer como visitado…: “Não trabalhamos para dar sinais de força, trabalhamos para ganhar os jogos. As equipas que defrontámos e que estão à nossa frente foram dois jogos diferentes, sempre com uma atitude positiva e onde, nos dois jogos, houve uma atitude comum, ficámos em inferioridade numérica. O jogo de amanhã terá a sua história e a sua vida. Temos que ser muito competentes em todos os momentos e também nas bolas paradas, onde o Sp. Braga é muito fortíssimo e já fez mais de uma dezena de golos. Temos de estar atentos e explorar fragilidade do Sp. Braga. Temos de preparar o jogo para darmos uma boa resposta e ganharmos o jogo”.

‘Tiro de partida’ para as eleições no FC Porto. Como associado do FC Porto, que temas espera ver debatidos neste período de pré-campanha? “Toda a gente espera quer que o associado fique de parte agora e que fale o treinador do FC Porto, que está preocupado com o jogo de amanhã que é muito importante para a nossa caminhada”.

Em função do que o FC Porto fez na Amoreira, isso faz com que haja menos margem para mexer no onze? Frente aos grandes, Sp. Braga só venceu um jogo ultimamente… “Os jogos são todos diferentes, dependendo das estratégias e do que os jogadores fazem em campo. Nós estamos preparados para um Sp. Braga forte, mas vamos olhar para as fragilidades deles e nós também as temos. O jogo da Amoreira já passou, foi um jogo a eliminar na 2.ª competição interna mais importante. Houve coisas positivas, outras que não correram tão bem, e eu já partilhei isso com os jogadores porque dissecámos esse jogo dessa forma, olhando para o que foi o positivo e o negativo quando a equipa tinha e não tinha a bola. A partir daí, define-se a estratégia procurando perceber quais os pontos fortes da equipa que vamos defrontar amanhã – que são muitos – e os jogadores que encaixarem na estratégia estarão no onze inicial. Sabendo que os jogos hoje têm mais de 100 minutos e que os reforços que estão no banco e o plano traçado possa funcionar. Tem tudo a ver com a estratégia, com as diferentes equipas que vamos defrontar, e depois também percebendo que há o próprio jogo e temos que ter gente para dar sempre uma resposta positiva e que possa ser uma mais-valia. Estatísticas? É um número, não ligo muito. O que vejo é mais no geral. O que os últimos anos me dizem é que o Sp. Braga tem sido muito competitivo no campeonato e na Europa”.

Balanço da 1.ª volta do campeonato, FC Porto é a 2.ª melhor defesa do campeonato. Problema está no ataque? Há mais seis equipas com mais golos marcados… Isso explica o 3.º lugar? “O balanço faço-o com todo o gosto se ganhar o campeonato. Também o farei com certeza se isso não acontecer. Vamos trabalhar para que em maio o balanço possa ser feito e o clube possa estar feliz”.

Como foi ser treinado por Sven-Göran Eriksson? “Foi um prazer enorme, foi um treinador marcante na minha carreira enquanto jogador. Um homem com uma educação acima da média, um fantástico líder, muito calmo e tranquilo. E que os jogadores adoravam. Ganhámos muitos títulos juntos e eu espero que a vitória mais importante da vida dele seja agora, estou a torcer para que isso aconteça, não só eu mas muita gente no futebol, independentemente da cor clubística”.

Vítor Baía falou em alguma arrogância dos árbitros nos jogos do FC Porto. Tem notado isso? “Não tenho que comentar as palavras do nosso administrador. O que sei é que há exemplos de outras equipas que, por vezes, vêm no final dos jogos falar de algumas trocas de palavras que acontecem durante o jogo. Isso é normal desde que não se ultrapasse determinado limite. Mas acho que seria bom para o futebol, quando metem os áudios cá para fora, no fundo aquilo que convém, se calhar era conveniente meter algumas conversas dos árbitros para os jogadores e dos jogadores para os árbitros. Aí iam perceber que não é fácil estar-se dentro de campo enquanto árbitro e enquanto jogador”.

(em atualização)

Jornal Record

Este artigo foi originalmente publicado neste website

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