Diogo Dalot falou sobre os desafios de jogar a lateral e a polivalência que tem demonstrado ao longo das últimas épocas, sendo atualmente o titular do lado esquerdo da defesa dos red devils, isto apesar de ter feito a maior parte da carreira no flanco oposto. Numa entrevista à MUTV, canal oficial do Manchester United, o internacional português relembra que chegou a desempenhar esse papel no FC Porto.
“Na verdade, não demorei assim tanto a adaptar-me. Na equipa principal do FC Porto, por exemplo, eu só joguei na esquerda, e foi um desafio até porque estava a começar a minha carreira ao mais alto nível. Quando cheguei a Manchester aconteceu mais algumas vezes, e depois mais regularmente ainda quando estive em Milão. E depois, claro, esta época e a anterior foram aquelas em que provavelmente joguei mais vezes nessa posição. Tem acontecido tudo de forma bastante natural e tem sido uma progressão positiva e na mesma medida, tanto à direita como à esquerda”, disse o lateral de 24 anos, acrescentando:

“Nos últimos anos, tenho vindo a adaptar-me a jogar à esquerda, e hoje em dia é-me muito mais confortável. Claro que tem algumas diferenças, sobretudo na perceção do campo, a posição do corpo e os movimentos a fazer são o oposto daquilo a que estamos habituados. Tenho trabalhado muito nisso e também melhorei muito o meu pé esquerdo, o que ajuda bastante.”

A verdade é que Diogo Dalot até tem pisado terrenos mais adiantados. “Desde que o Ten Hag chegou que tenho jogado também pelo meio, e tem sido bom para mim experimentar coisas novas e jogar em posições diferentes. Acho que tenho essa capacidade e, claro, ainda tenho margem para poder melhorar”, afirmou.

Quanto às especificidades de jogar a lateral, o internacional luso decidiu dar uma aula detalhada sobre os segredos da posição. “Temos de estar preparados para as duas fases de jogo: atacar e defender. No Manchester United, queremos dominar os jogos e os adversários, queremos estar sempre em posição de vantagem. A defender temos de ser muito agressivos e proativos, e a atacar temos de ajudar os extremos, dar soluções por fora e por dentro. Temos de ser muito versáteis para jogar. É muito uma questão de timing. Tenho tentado trabalhar o jogo de pés e estar sempre com o corpo bem posicionado para defender bem quer seja por dentro ou por fora, porque às vezes conseguimos prever o que o adversário vai fazer mas não estamos dentro da cabeça dele. O que podemos fazer é tentar arrastá-lo para zonas que nos são mais benéficas.”

Jornal Record

Este artigo foi originalmente publicado neste website

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