Passou a época em Alvalade, por empréstimo do Everton, tendo disputado oito jogos. Em entrevista a A BOLA, João Virgínia, 22 anos, diz ter como objetivo chegar à Seleção Nacional e fala do sucesso de Diogo Costa, guarda-redes da mesma geração que chegou à baliza do FC Porto e da Seleção Nacional.

– João Virgínia tem feito um percurso consistente nos escalões de formação das seleções nacionais e até conquistou dois Campeonatos da Europa, sub-17 e sub-19. Dentro da cabeça do internacional de sub-21 estará já a Seleção Nacional?

– Com certeza que sim. E também nesse sentido considerei acertado o passo de vir para Portugal. Para dar-me a conhecer aos portugueses. Saí cedo para Inglaterra e vir para um dos maiores clubes de Portugal foi dar um passo certo para chegar um dia à Seleção Nacional. É claro que ainda tenho de afirmar-me, mas estou pronto para isso.

– Diogo Costa, guarda-redes do FC Porto e da Seleção Nacional, será exemplo do caminho a seguir? É um jogador que cresceu consigo e foi também suplente, de Marchesín, mas quando a oportunidade surgiu agarrou-a, tomou conta da baliza do FC Porto e agora está no ponto ideal para um guarda-redes à procura da afirmação.

– Sim, o Diogo Costa é da minha idade, é da minha geração, tal como o Luís Maximiano, e teve a oportunidade dele. Às vezes o guarda-redes tem de ter a sorte de o companheiro não estar disponível. Ele aproveitou bem a oportunidade e, lá está, um guarda-redes tem de estar pronto para agarrar essas oportunidades quando elas aparecem.

– E sente que o Diogo Costa, que conhece muito bem das seleções nacionais jovens, está a fazer  o crescimento com a dose de consistência certa?

– Sendo o FC Porto o campeão nacional, para ele as coisas não poderiam ter corrido melhor… Não há um caminho linear, nunca se sabe o que vai acontecer, mas o percurso dele é uma forma possível de chegar lá acima, mas também é possível fazê-lo de outras formas, jogando em clubes mais pequenos, por exemplo. Veja-se o caso de Rui Silva, de Cláudio Ramos…

– Será um tema delicado, mas no plano específico dos guarda-redes o azar de um companheiro de equipa pode ter sempre um peso importante na carreira. Adán, por exemplo, foi suplente muitos anos, João Virgínia viveu na sombra do guarda-redes espanhol, que não deu qualquer hipótese em toda a temporada.

– É verdade. Nós não desejamos mal uns aos outros, mas é a verdade. Quanto a mim, o que sinto é que tenho estado a preparar-me desde cedo para ser titular de uma equipa, para jogar todos os jogos, porque quero jogar todos os jogos! E um guarda-redes quando não joga sente essa mesma necessidade de jogar, sente essa ansiedade, e tem de estar preparado para não jogar. Mas tens de manter os níveis todos, pois quando chegar a oportunidade tens de estar pronto. Comecei a sonhar desde cedo, sempre gostei muito de trabalhar e de trabalhar mais do que os outros, a minha carreira vem também daí, de esforçar-me mais.

Jornal A Bola

A BOLA, toda a informação desportiva. Acompanhe todas as notícias do seu clube ou modalidade preferida, para onde quer que vá.

Este artigo foi originalmente publicado neste website

Share.
Jornal A Bola

A BOLA, toda a informação desportiva. Acompanhe todas as notícias do seu clube ou modalidade preferida, para onde quer que vá.

Leave A Reply

Skip to content