Roger Schmidt fez este sábado a antevisão ao jogo com o V. Guimarães, partida da 21.ª jornada da Liga Betclic agendada para amanhã, no Estádio D. Afonso Henriques (20H30).
Como tem sido a preparação para esta sequência de jogos? “A preparação é recuperar os jogadores. Jogámos na quinta-feira, e depois voltar no domingo contra o Vitória é um desafio. Estamos a fazer tão bem como sabemos fazê-lo. É mais o descanso mental, temos de estar preparados depois para um jogo difícil contra o Vitória. É uma equipa de topo na nossa Liga, que tem jogado muito bem. O Vitória é uma equipa muito perigosa. Lembro-me de ter jogado lá e do ambiente fenomenal que estava. Vamos tentar o nosso máximo para ganhar o jogo”.
Rui Costa disse que tem uma equipa muito melhor do que na época passada. Concorda? “(risos) Não sei, não vi a entrevista do presidente. Não imagino que tenha dito de maneira tão clara assim, mas são equipas diferentes. Tínhamos uma equipa de topo na época passada e acredito que nesta seja igual. No ano passado fomos campeões e neste vamos tentar fazer igual. Todos sabem que é muito difícil comparar equipas assim, até tendo em conta os jogadores que saíram. Estamos a falar de uma equipa praticamente nova, acho que só restam quatro no onze titular. O futebol é isto. Muitas mudanças. Não faz sentido fazer essas comparações. No ano passado fomos campeões e este ano vamos dar o máximo para fazer o mesmo”.
Álvaro Pacheco disse que o Benfica tem de se preocupar com Jota Silva e André Silva. Qual a verdadeira dificuldade que o Benfica pode encontrar amanhã? Como pretende anular isso? “O jogo contra eles, do ponto de vista tático, tem de ter muita organização. São jogadores com muita qualidade, têm um estilo de jogo parecido com muitas equipas grandes, com jogadores agressivos no geral, nas alas. Têm jogadores muito bons para jogarem um certo tipo de futebol. Temos de procurar os momentos onde podemos recuperar a bola, com muito esforço, muita pressão. Temos de ser muito bons com bola, temos de mostrar a nossa qualidade e organização. E depois, claro, temos de encontrar os nossos momentos no ataque como sempre fazemos. Vamos jogar contra uma equipa muito boa mas também estamos a atravessar um bom momento. Queremos jogar bom futebol, trabalhar com afinco e trazer para casa os três pontos”.
Arthur Cabral marcou nos últimos três jogos. Acha que, neste momento, é o titular para o resto da temporada? “Veremos. Fico sempre à espera do próximo jogo. Claro que o Arthur está a trabalhar muito bem e que o mais importante é marcar golos, isso é fundamental. No início da época também deu o seu melhor e trabalhou muito, mas teve algum azar. Nesta fase, está diferente. É importante para ele e para nós que consiga marcar, agora vemos que a ligação entre ele e os colegas está melhor. Tem uma melhor sensação dos espaços que tem de ocupar. É verdade que precisou de mudar o seu estilo de jogo, era um avançado completamente diferente quando chegou. Agora é mais flexível, tem mais colegas à sua volta e está mais envolvido em combinações, são coisas novas para ele. Vejo que se está a adaptar, a dar o seu melhor e estou muito satisfeito. O Marcos Leonardo e o Tengstedt também estão cá e são mais dois avançados que já mostraram muita qualidade. Acho que não é a melhor altura para fazer essa avaliação, talvez no final da época”.
Rui Costa disse que Aursnes era o melhor lateral direito em Portugal. Qual a sua opinião? Olha para ele como um lateral ou como médio? “Vejo-o como um jogador flexível. Acho que é a melhor descrição que se pode fazer dele. É importante para nós, para mim enquanto treinador, sobretudo nestas alturas onde tivemos algumas lesões e tivemos de encontrar soluções para algumas posições. O Aursnes deu amostrar, uma vez mais, que pode ser muito bom para substituir jogadores noutras posições. Mesmo assim, esteve ao mais alto nível. É muito inteligente taticamente e muito forte mentalmente, há jogadores que não têm essa abertura de espírito. Estou muito satisfeito e o melhor é que ele também está, está disposto a isso. Gosta de novos desafios. Não é todas as semanas, claro que precisamos de encontrar a melhor solução para ele. Estamos muito felizes por podermos contar com um jogador assim”.
Até que ponto sentiu que Rui Costa deixou a porta aberta à continuidade de Rafa? Gostaria que acontecesse? Calendário sobrecarregado… “Rafa? A porta vai estar sempre aberta para ele até final da temporada. Se sair, a porta também estará sempre aberta e será sempre bem-vindo. Naquela idade, temos de respeitar a sua decisão, mas temos de o respeitar. Calendário? É assim mesmo. Estamos satisfeitos por jogarmos vários jogos, quer dizer que não estamos só numa competição. Estamos também na Europa, nas Taças… Não nos queixamos, mas é muito exigente e isso é claro. Às vezes o descanso entre jogos é um desafio, mas já mostrámos que nos conseguimos focar para cada jogo e jogar no nosso melhor para ganharmos. A melhor maneira de o fazer é estarmos completamente concentrados em cada jogo, não faz sentido começarmos já a pensar dez jogos à frente. Estamos pronto para amanhã e é assim que o vamos continuar a fazer”.
V. Guimarães é forte em transição. É um bom jogo para Kökçü regressar? “Não anunciei ainda o onze inicial, mas vamos tentar ganhar o jogo e tratar bem dos jogadores para estarem na melhor forma possível. Uns chegaram de férias, outros recuperaram de lesões, temos de tentar que fiquem nas melhores condições para termos muitas opções. Acho que estivemos bem na quinta-feira e queremos continuar assim. É bom podermos contar com o Florentino, é um jogador muito importante para a equipa, dá sempre 100%”.
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