O que poderia ter sido um grande jogo de hóquei em patins entre Benfica e Sp. Tomar, com o Pavilhão da Luz quase cheio, acabou por ficar manchado por várias decisões polémicas da dupla de arbitragem formada por Carlos Correia e Manuel Oliveira que prejudicaram ambas as equipas. O duelo, que durou quase duas horas, terminou com nove bolas paradas e sete cartões azuis, num dos jogos mais polémicos até agora no campeonato.
Os encarnados queixaram-se durante o encontro de alguns lances que originaram bolas paradas para os tomarenses, como o penálti de Gonçalo Pinto sobre Xanoca na 1ª parte. Já Nuno Lopes lamentou o penálti marcado por Filipe Almeida e que Carlos Correia não validou, apesar de a bola ter passado totalmente a linha de golo, como ficou facilmente comprovado pela transmissão da BTV.  

A perder por dois golos após bis de Nicolía na marca de livre direto, o penálti colocaria o Sp. Tomar com um golo de diferença. 42 segundos depois – e com um livre direto falhado por Tato Ferruccio pelo meio -, o Benfica marcaria o 3-0 e praticamente sentenciava o encontro.

Árbitro considerou que a bola não entrou na baliza de Pedro Henriques

O jogo na Luz voltou a mostrar a importância da introdução do VAR no hóquei em patins. Nas últimas duas edições da Elite Cup, foi introduzido o Sistema de Revisão de Vídeo (SRV), ferramenta semelhante ao VAR e de auxílio aos árbitros para decisões que deixaram dúvidas. Na Elite Cup, foram repetidos os pedidos de introdução do SRV/VAR entre jogadores e treinadores.

As decisões dos árbitros no que a faltas diz respeito dificilmente serão unânimes, mas o mesmo não aconteceria em lances de dúvida sobre se a bola terá ou não passado totalmente a linha de golo, como aconteceu no sábado no Pavilhão da Luz.

“O jogo fica marcado pelo 2-1 que a BTV mostrou e que fica transformado num 3-0”, lamentou Nuno Lopes. “A partir daí o jogo foi uma coisa completamente diferente. Chegar ao 3-3 seria um esforço enorme que nós tínhamos de fazer. É uma pena isto ser assim. Competimos com o voleibol, andebol, basquetebol e quem está em casa não percebe nada do jogo, o que é falta e o que não é. Pena não haver VAR para se resolverem se calhar metade dos lances. Depois no banco temos de acalmar os jogadores. Nós para ganharmos nos ‘grandes’ do futebol temos de nos superar e lutar contra um monte de coisas. É assim e não vai mudar tão depressa.”

Roberto Di Benedetto em lance com Filipe Almeida (Foto: SL Benfica)

Já Nuno Resende, treinador do Benfica, lembrou o estilo de jogo das duas equipas. “Os jogadores foram valentes, lutaram e cada bola é disputada como se fosse a última coisa da vida. A minha equipa tem essa característica, o Sp. Tomar também. É preciso perceber que há alguns choques que se calhar não são para situações deste género (cartão azul). A vontade é muita, as equipas têm essa valentia. Os árbitros fazem a sua análise, nós fazemos o nosso”, analisou.

O técnico campeão nacional recusou a ideia de um jogo prejudicial para a imagem do hóquei em patins. “Jogo que deixa má imagem? Discordo completamente. Foi um jogo longo, demora mais um bocado, houve algumas análises, mas nem sempre os jogos são tranquilos.”

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Este artigo foi originalmente publicado neste website

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