A temporada de 1982/83 foi de grande sucesso individual para Luís Norton de Matos no Portimonense e o avançado esteve, inclusivamente, em negociações para assinar pelo Benfica. Escolheu ficar no Algarve. Norton foi titular no 0-1 de Portimão dessa época, com as águias a festejarem então o título (ver notícia associada), e, em conversa com o nosso jornal, recordou o ambiente que envolveu essa partida. «
O Benfica arrastava sempre, e continua a arrastar, muita gente e sendo jogo de título arrastou ainda mais! Lembro-me que foi um jogo eletrizante e que vendemos cara a derrota», recorda, estabelecendo, depois, claro paralelo com o momento atual do Benfica: «O Benfica luta para ser campeão e acredito que dará tudo, mas penso que poderá ser um jogo de algum equilíbrio, não será canja para o Benfica, terá de puxar dos galões porque penso que não poderá dar-se ao luxo de deixar fugir este pássaro.»
Norton de Matos não tem dúvida de que será «um jogo espetacular», com o Benfica, por um lado, a dar «100 ou 120 por cento» e o Portimonense, por outro «descontraído por já ter a manutenção garantida» e com os seus jogadores a quererem «aproveitar os holofotes» deste desafio.
Em relação a quem pode decidir para as águias, o treinador português diz que adora Rafa – recordando que, quando liderou a equipa B das águias, aconselhou a contratação do avançado, estava ele no Feirense -, mas olha para a equipa toda como se ela fosse uma orquestra – «pensa toda em conjunto na altura de recuperar a bola e quando a ganha pensa também em sintonia o aumento da intensidade – e com «dedo muito forte» do treinador.
«Em pouco tempo conseguiu mudar o chip, colocar a equipa a jogar de forma diferente, com intensidade e disponibilidade física impressionante. Se substitui pouco ou muito, são críticas que só apareceram quando deixou de ganhar, é o futebol. Mas tem sido incrível e não treme, vê-se na forma confiante como continua a falar nas conferências de imprensa», regista, elogioso.
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