Rúben Amorim faz a conferência de imprensa de antevisão ao Sporting-Dumiense, referente à 4.ª ronda da Taça de Portugal e marcado para amanhã (18h00). Veja aqui a transmissão.
Jogo contra o Olivais e Moscavide serve de exemplo? Como foram estas semanas de trabalho?
“Obviamente que ainda temos o jogo do Olivais, onde falhámos muitos golos e sofremos um no início porque não entrámos com a consideração que devíamos, sabemos que há sempre esse perigo. Sabemos que não podemos estar desconcentrados e que jogamos em casa, e temos uma responsabilidade maior de fazer um jogo competitivo e alegre porque as pessoas vêm aqui ver-nos. Temos a obrigação de tornar o jogo alegre, um jogo que as pessoas gostem. É um jogo de Taça e o adversário assim o merece. Nestas semanas aproveitámos para trabalhar as lacunas que ainda temos e que mostrámos nos últimos jogos, a sofrer vários golos. Acho que fomos a melhor equipa no dérbi mas não fizemos um grande jogo. Tivemos muitas coisas a melhorar, recuperámos jogadores fisicamente, como o Geny que está apto, e trabalhámos algumas nuances para o futuro. Queremos apresentar amanhã uma equipa competitiva, jogar bem, ganhar e passar”.
Teve muitos jogadores nas seleções… Essas ausências, depois de uma derrota no dérbi, obrigam a colocá-los logo neste jogo para ganharem ritmo? A Taça tem peso maior nesta época de tudo ou nada?
“Queremos vencer a Taça, não só a equipa técnica mas também o clube, que tem história na competição mas não a vence há algum tempo, nem temos tido a qualidade de chegar a uma final. Ritmo depende, há jogadores que não vão jogar amanhã mas não é pelo ritmo, é porque trabalhámos rotinas que queremos ver amanhã, mas queremos vencer. Queremos ver se está a funcionar o que queremos fazer. Viktor fez dois jogos na seleção, Diomande não jogou porque tem um toque. O nosso foco não está na Atalanta agora, está neste jogo. Jogadores como Pote ou Nuno Santos, que não foram à seleção, alguns vão jogar. Treinámos bem. Até faz bem algum descanso aos jogadores que vêm de uma série de jogos, mas o mais importante é ganhar o jogo de amanhã”.
Sporting defronta novamente uma equipa de escalões inferiores antes de entrar num mês apertado. Há o risco da equipa entrar adormecida?
“Acho que não, eles também já sabem que isso tem consequências e interfere naquilo que é o futuro. Lutam por um lugar. Já estamos avisados, podemos cair uma vez mas duas não. Recordar que há um jogador do outro lado que já nos eliminou. Os jogadores estão a lutar por um lugar, se querem jogar contra a Atalanta e nos próximos jogos têm de fazer uma boa exibição. Temos a responsabilidade e vamos ter os nossos adeptos, temos de tornar o jogo agradável e não aborrecido. O adversário também joga, mas a responsabilidade está do lado do Sporting e não entraremos adormecidos, já estamos avisados para isso”.
Equipa já ultrapassou resultado do jogo com o Benfica?
“Sim, resultado estendeu-se aos jogadores, era um momento importante e não podemos esconder que poderíamos ter uma vantagem de seis pontos e agora estamos em igualdade. É um jogo que já está arrumado. Obviamente que toda a gente o sentiu, porque a meu ver perdemos o jogo, mais do que o Benfica ganhar. Fomos nós, neste dérbi e principalmente neste, que perdemos o jogo. Mesmo com 11, não fomos a equipa que deveríamos ter sido apesar de termos sido a melhor equipa. Tivemos um jogador expulso por culpa nossa, o sabor não é bom. Mas é importante que toda a gente sinta uma derrota. Devíamos ter ganhado o jogo, não ganhámos. Mas o campeonato é longo, não acabaria naquele momento com uma vitória e muito menos agora. Não só o presidente, mas todos aqui sentiram que devíamos ter ganho aquele jogo”.
Relação com o VAR, como foi perder o jogo com o Benfica com intervenção do VAR? Gyökeres foi totalista na Suécia mas não marcou, o que lhe está a faltar na seleção?
“Marcou um golo contra a Bélgica. Às vezes o contexto da equipa [ajuda]… Temos crescido muito, criamos muitas oportunidades e temos tido muitos toques dentro da grande área, que é mérito da equipa e dele. Aqui também já esteve alguns jogos sem marcar, as coisas acontecem de repente e vejo isso com naturalidade. Há fases em que se marca mais e outras em que se marca menos, mas trabalha sempre muito bem. É um jogador que não pode perder ritmo. VAR? Não mudo a minha opinião, seja a favor ou contra o Sporting. Acho que traz justiça ao futebol. As pessoas dizem que não traz emoção, eu acho que traz, às vezes festeja-se um golo duas vezes. Já houve um grande erro a nosso favor, contra o Casa Pia, mas sou muito a favor do VAR e espero que continue”.
(em atualização)
Este artigo foi originalmente publicado neste website