Sérgio Conceição estava naturalmente desapontado com o empate do FC Porto diante do Boavista, num jogo no qual assume que a equipa portista não foi eficaz ofensivamente. Ainda assim, na análise ao jogo, o técnico apontou ainda o escasso tempo de jogo útil nos instantes finais.
“Foi um conjunto de situações. Podemos apontar que mais uma vez fomos ineficazes em termos ofensivos. Tivemos algumas ocasiões para acabar a ganhar com golos, porque houve situações mais do que suficientes para ganhar. Dentro do jogo sabíamos que o mais difícil seria fazer golo. Conseguimos e cinco minutos depois sofremos de bola parada. Fomos atrás do resultado, ao longo de todo o segundo tempo, mexemos com o intuito de dar mais à equipa em termos ofensivos, sabendo que alguns jogadores do Boavista não jogavam há algum tempo e, por isso, lançámos o Galeno e o Francisco. Há que reconhecer que o Boavista organizou-se bem defensivamente, foi agressivo. Houve muitas faltas, na parte final alguns amarelos. Foi um jogo mal conduzido da equipa de arbitragem, mas não é a isso que podemos atribuir o nosso empate. Temos de olhar para a frente. O campeonato é longo e temos de perceber que a margem de erro fica cada vez menor e temos de ir atrás”
Relacionadas
Faltou frieza?
“Foi um jogo constantemente parado, com o banco contrário, com não sei quantas expulsões. Nós gostamos de ritmo e intensidade, de provocar o adversário, com jogo por dentro e por fora, várias situações de finalização. Mas nos últimos 20 minutos jogou-se pouco. É o futebol português. Vão dizer que me estou a desculpar por isto e por aqui. Mas parabéns ao Boavista pelo empate, mas tínhamos de fazer mais. E é o futebol português, já estou habituado”
Golo sofrido aborrece?
“Aborrece muito. Muito, muito, muito, muito”.
Contestação dos adeptos
“Não há nada a dizer. Estou a 100% com os meus jogadores. Os adeptos têm todo o direito, foram incansáveis nos 101 minutos. No final estão insatisfeitos, manifestam-no, o que num clube grande como o nosso é normal . É difícil também para nós, não há ninguém mais insatisfeito do que o grupo de trabalho. Eles apoiam sempre, depois estão insatisfeitos, têm de assobiar e manifestar-se como entendam”
Peso dos 5 pontos de atraso
“Já estivemos a 7 e fomos campeões. Já tivemos 7 pontos de avanço e não fomos. É o futebol. Há uma longa estrada a percorrer. Temos de ter mais união e é como digo sempre: se todos nós formos um bocadinho melhores diariamente, com certeza que vamos estar mais felizes do que hoje”.
Este artigo foi originalmente publicado neste website