Presidente do Santa Clara, confirma a O JOGO que a transação para o Sporting pode avançar esta semana. Líder açoriano sublinha a paciência dos leões no processo, vinca que todas as partes pretendem que a negociação chegue a bom porto e até enaltece o caráter do jogador nipónico. “Aprendi com ele”, diz.
Morita não fugirá ao Sporting, essa é a principal conclusão do discurso de Ricardo Pacheco a O JOGO. O presidente do Clube Desportivo Santa Clara espera que o processo negocial chegue a bom porto rapidamente. “Não está fechado nem assinado, mas a questão Morita está para muito em breve. Faltam alguns pormenores, que estão a ser estudados, mas vai fazer-se em breve”, assinala o dirigente que foi mandatado para a negociação, asseverando que não é a assembleia-geral de 27 de maio, que pode levar a uma alteração dos destinos do japonês.
“O Conselho de Administração aprovou a transferência há um mês. A assembleia-geral é uma reunião magna entre sócios e representa um assunto distinto, aborda questões maiores do que uma transferência”, salienta Ricardo Pacheco, que se mantém à margem, sem tomar posição quanto à possível destituição de Ismail Uzun, considerando que Morita vai mesmo sair.
“Há coisas que não dependem apenas da nossa vontade e tudo é avaliado, até os modos de pagamento. O que posso dizer é que o Sporting tem sido extremamente correto no processo negocial. Sabemos que o Sporting quer muito o Morita, o Morita quer muito o Sporting e nós queremos vender, porque sabemos que é importante fazer dinheiro com os nossos ativos. Acreditamos que a situação se vai resolver e que o negócio vai fazer-se”, destaca Ricardo Pacheco.
Ao que O JOGO apurou, o Sporting terá subido a proposta inicial pelo médio japonês, que é um desejo expresso de Rúben Amorim. Neste momento, estarão perto de 3,8 milhões de euros em cima da mesa, ainda com tranches por objetivos. O Santa Clara, recorde-se, tem 70% do passe do atleta e tenta, portanto, fazer o máximo de lucro com o negócio, que pode até ser a maior transferência recebida dos açorianos. Segundo informações recolhidas pelo nosso jornal, o plano dos açorianos é ficar com uma percentagem de 5% do passe, que possa gerar posteriormente uma mais-valia em caso de uma venda futura por parte do Sporting.
Morita está neste momento no Japão, devidamente acompanhado pela família, e recebeu garantias importantes do clube antes de rumar às férias, mantendo-se tranquilo com o desfecho negocial. O jogador foi até convidado para marcar presença num encontro do Kawasaki Frontale, emblema do qual saiu rumo aos Açores, prescindindo de mais de dois terços do salário em busca do sonho europeu. Jogar na Liga dos Campeões, como O JOGO escreveu em maio, é o seu grande sonho. “Morita tem sido corretíssimo em todo o processo. Posso dizer que aprendi muito com ele”, elogia Ricardo Pacheco.
Negócio pode envolver cedência de jogadores
O Sporting ainda arruma a casa para 2022/23 e, portanto, faltam acertar permanências e saídas do plantel. No entanto, ao que O JOGO apurou há a possibilidade de os leões apalavrarem com o Santa Clara a cedência de ativos, ainda que esta situação só deva ser posterior à oficialização de Morita.
Nos leões, a prioridade será que os jogadores emprestados tenham minutos para se desenvolverem e, por isso, estudam as posições que os clubes de I Liga mais necessitam. As boas relações permitiram ao Santa Clara receber Luiz Phellype, avançado brasileiro que não vingou nos Açores, só marcando uma vez pelo clube nos 12 encontros realizados. No OFI Creta, as contas foram diferentes, marcando oito vezes em 13 encontros.
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