Aproxima-se a passos largos a data da entrega do Prémio Puskás, referente ao melhor golo do ano, na gala da FIFA que terá lugar no próximo dia 15 e contará com Nuno Santos na plateia. O ala do Sporting concorre ao galardão de melhor tento do ano de 2023, sendo que encontra-se entre os três finalistas e, na hora de abordar a decisão final, revela respeito pelos concorrentes (o paraguaio Julio Enciso, do Brighton; e o brasileiro Guilherme Madruga, do Botafogo FC-SP).
Em entrevista o site da FIFA, o esquerdino de 28 anos revelou o seu estado de espírito, a poucos dias de saber se será ou não distinguido com o Prémio Puskás, e reconheceu que nem esperava que o tento apontado diante do Boavista, na época passada, chegasse a tal patamar. Um golo de letra que ficará eternamente na memória do ala leonino.
“Sendo honesto, quando fiz o golo, na altura nem pensei muito nisso. Depois passaram-se uns dias, as pessoas começaram a falar, eu revi o golo… Na altura senti que fizemos um bom golo, um golo muito bonito, mas depois disso comecei a pensar quando as pessoas começaram a falar no clube e fora do clube. Sim, nos dias seguintes eu pensei que poderia ser o golo do ano na Liga. Sobre o [Prémio] Puskás, mais ou menos, porque há golos espetaculares e fantásticos no Mundo todo e durante o ano inteiro. Sei que não é um golo comum, mas não pensei nisso [Puskás]. Fico muito feliz porque é um momento muito especial para mim”, confessou o esquerdino, antes de recordar o momento em si.
“Já fiz alguns golos dos quais gosto muito, golos muito especiais e bonitos, mas sem dúvida é especial por ser de letra. É um movimento que não se costuma ver muito no futebol e que eu treino diariamente. Sem dúvida, foi o golo mais bonito porque é um gesto técnico que não se vê muitas vezes. Estou muito feliz”, sublinhou.
Revelado um dos segredos para tal golo, que passa pela repetição do gesto técnico, Nuno Santos lembrou igualmente outro golaço apontado contra o Paços de Ferreira, ainda a 7 de maio de 2023, com um chapéu perfeito sobre Marafona. “Sim, na minha carreira já fiz alguns golos bonitos e importantes, graças a Deus. Sem dúvida, fico muito contente por isso. Esse golo contra o Paços de Ferreira também foi um excelente golo, um bonito gesto técnico. Espero até o final da minha carreira, sem dúvida, fazer golos ainda mais bonitos. Este é o brilho do futebol. Acredito que até o fim da carreira posso fazer golos ainda mais importantes e bonitos”, apontou.
Além disso, guardou elogios para os outros dois finalistas na corrida ao Prémio Puskás. “O golo de bicicleta do Guilherme Madruga foi fantástico, claro, uma execução muito difícil. Um remate de fora de área e de bicicleta, acho um golo fantástico. Tenho de dar os parabéns. Assim como o golo do Julio Enciso, um golo de fora da área depois de uma jogada coletiva muito boa e um remate fantástico. A bola entra quase na rede lateral, é um golo fantástico também. Qualquer um dos três pode ganhar o prémio”, deixou claro, antes de perspetivar uma gala especial.
“Eu e minha família ficámos muito felizes, é claro. É sempre um prestígio enorme estar entre os melhores. Um de nós três [finalistas] vai receber o prémio. É um momento muito bonito para nós. Estaremos [na cerimónia] ao lado dos melhores do Mundo, os melhores jogadores, treinadores, jogadoras, treinadoras, guarda-redes, etc. É, sem dúvida, como estar entre os melhores. Um orgulho enorme para mim e minha família”, concluiu.
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