Para assinalar os três anos do dia em que Tiago Morais se tornou no jogador mais jovem do Boavista, Record juntou-o a Nuno Gomes para uma conversa sobre futebol, o clube boavisteiro e a convivência no Benfica. De 21 para 21. Mas o Boavista não é o único ponto de ligação entre os dois…
R – Além da ligação ao Boavista, os vossos caminhos cruzaram-se no Benfica: o Tiago como jogador, o Nuno como diretor da formação. Tiago, do que se lembra?
TM – Tinha 13 anos. Lembro-me do momento em que fui assinar, o Nuno estava na sala. Eu tenho bem presente na memória, não sei se ele se lembra bem…
NG – Também tenho presente…
TM – Guardo com carinho esses momentos. Estive um ano no Benfica, mas depois seguimos caminhos diferentes.
NG – Lembro-me porque o Tiago era um dos jogadores que tínhamos debaixo de olho. Estava a ser cobiçado por outros clubes e nós conseguíssemos que viesse para o Benfica. Recordo-me de assinar contrato com ele. Em idades mais jovens há jogadores que se adaptam melhor do que outros, faz parte do crescimento como pessoa e jogador. Tenho a certeza que o Tiago se lembra desses momentos e que cresceu com eles como pessoa.
R – O Tiago é de Espinho. Sentiu saudades de casa?
TM – É como o Nuno diz. Às vezes não é um motivo só… Cresci muito. Foram momentos difíceis, outros com vitórias. Acho que sim, foi um pouco as saudades de casa, era muito novo. Não tinha a maturidade que tenho hoje, mas acho que foi um bom passo que dei na altura.
Por David Novo
Este artigo foi originalmente publicado neste website