O futebolista Joãozinho assume que “acusou a pressão normal de um miúdo” aquando da passagem pelo Sporting, em 2012/13, ao qual chegou proveniente do Beira-Mar.
“São circunstâncias e o Sporting também não era o que é hoje, não estava na posição que está hoje. Havia instabilidade e é normal, tendo vindo de clube pequeno, ter acusado a pressão”, explicou o defesa que alinha atualmente pelo Torreense, em entrevista à Lusa.
O lateral-esquerda fora emprestado aos leões, em janeiro de 2013, todavia, a sua estadia em Alvalade acabaria por ser curta.
“O Sporting tinha jogadores que tinham vindo de grandes clubes e que também não se conseguiram impor, e não era um miúdo que, passados dois anos de jogar pelo Mafra, iria conseguir assumir-se num clube como o Sporting”, acrescentou, antes de sublinhar que, apesar de não se ter imposto, foi uma aprendizagem para o futuro.
Joãozinho, de 34 anos, começou a carreira no Olivais Sul, rumando depois ao Olivais e Moscavide, onde concluiu a etapa formativa e fez a estreia no escalão sénior.
Em 2009/10, o futebolista transferiu-se para o Mafra, pelo qual jogou durante duas temporadas na segunda divisão portuguesa, antes de suscitar o interesse do Beira-Mar, para onde seguiria e onde viria a fazer a estreia no principal escalão do futebol português.
Após uma época e meia, e quase 50 jogos realizados pelo emblema de Aveiro, chegou o primeiro grande desafio da carreira, quando assinou pelo emblema ‘verde e branco’.
O percurso de ‘leão ao peito’ foi de apenas meia época, seguindo-se uma temporada no Sporting de Braga, na qual foi intercalando entre a equipa principal e a formação secundária, antes de rumar ao estrangeiro, que era uma das suas “vontades”.
Em 2017, e depois de experiências na Moldávia, Roménia e Bélgica, Joãozinho regressou a Portugal para alinhar pelo Tondela durante duas épocas, antes de assinar pelo Estoril, clube que representou nas quatro últimas temporadas, com um interregno.
Sobre a saída do emblema estorilista, o lateral remete para mais tarde as explicações que motivaram a sua rescisão, ressalvando, contudo, que o Estoril é o “clube do coração” e que deseja que “continue na I Liga”.
“É o clube que quero que ganhe sempre”, asseverou, revelando “o amor e as amizades” que guarda no emblema e que justificam a forte ligação que mantém com os dirigentes, funcionários e adeptos do clube.
“Estou a fazer o meu estágio de nível II de curso de treinador nos sub-23 do Estoril. O sentimento que eles têm por mim é o mesmo que tenho por eles”, atirou.
Joãozinho compete atualmente na 2.ª Liga, sendo que, questionado sobre a possibilidade de regressar à I Liga, o defesa foi taxativo.
“Já não penso em regressar. Tenho 210 jogos na I Liga e já não é uma coisa com que sonhe. Se estiver num clube e subir de divisão, obviamente que ficarei contente, mas a II Liga já não é tão diferente da I Liga em termos qualitativos como era antes”, reiterou, notando ter “ainda condições para voltar a jogar no escalão principal”.
Incentivado a apontar os candidatos ao título de campeão nacional, o experiente futebolista coloca o Sp. Braga no mesmo lote dos três ‘grandes’.
“Os quatro podem ombrear lado a lado para serem campeões, sendo que, tendo o Braga na luta, quem sai a ganhar é o campeonato”, enalteceu.
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