A Fundação Benfica completou este sábado 15 anos de existência e Carlos Moia, o seu presidente executivo, fez o balanço de década e meia de atividade, revelando números curiosos. “Partimos praticamente do zero e sem apoios rigorosamente nenhuns, que tiveram de ser encontrados. Conseguimos crescer e, durante estes 15 anos, conseguimos ajudar 350 mil pessoas e 130 municípios, dos quais 100 são visitados anualmente”, adiantou, à BTV.
Moia recordou que “as pessoas que trabalhavam no Benfica, desde o marketing à contabilidade, já faziam projetos”, mas “era preciso aglutiná-los”. “Neste momento, temos 12 projetos. Temos um grupo fantástico, de gente dedicada e com categoria na área social. Os atletas da equipa principal, das modalidades e os funcionários também têm um grande amor pela fundação”, sublinhou.
A fundação das águias já chegou ao estrangeiro. “Desde o momento em que abracei o projeto foram surgindo problemas, como as questões dos refugiados e da emigração e as guerras. Já ajudámos 13 países com iniciativas feitas lá dentro, como foi o caso da Ucrânia, de Moçambique e de Cabo Verde. Um dos mais marcantes foi o tufão que assolou Moçambique. A equipa da Fundação teve de dormir em cubatas para entregar os mantimentos e passaram algumas dificuldades. Levámos daqui várias toneladas de material e estivemos presentes”, relatou.
Em relação ao futuro, os planos estão definidos. “Primeiro, temos de atingir as comunidades portuguesas em França, na Suíça e outros países. Outro lado é a inteligência artificial. Já estamos a utilizá-la e queremos avançar para a robotização. Depois, um projeto que já vem do tempo do presidente Luís Filipe Vieira e que continuou, atualmente, com o grande apoio do presidente Rui Costa: é a nossa antiga sede, na Rua Jardim do Regedor. Após vários estudos, chegámos à conclusão de que a parte de baixo deveria ser, eventualmente, uma grande Benfica Official Store. E, acima do rés do chão, ser o Hotel Benfica 1904. Nem a Fundação, nem o Benfica, constroem coisa nenhuma. À parte disso, será paga uma renda à Fundação, a qual é importantíssima. Nós vivemos muito do IRS, da cruz que os benfiquistas põem e, assim, é uma base de sustentação.”
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