“Ele não sabia as leis do Irão. Não apresentámos queixa. As notícias falsas deixam-me muito triste e zangada”, afirmou, descontente com a informação errada que circulou de que CR7 tinha sido condenado a 100 chicotadas
A artista iraniana Fatemeh Hamami há cerca de um mês ofereceu quadros seus a Cristiano Ronaldo, num encontro que se tornou notícia de novo há uma semana por alegada condenação do português a 100 chicotadas por mostras de afeto e carinho não permitidas na lei islâmica entre pessoas que não são casais (informações já desmentidas através da Embaixada do Irão em Espanha). Agora, Fatemeh deu uma entrevista ao jornal argentino Olé, no qual lamenta os episódios antes descritos, afirmando que não houve acusação sua ou da sua família, nem condenação. E deixou muitos elogios a Ronaldo.
“Tenho 85% do meu corpo paralisado porque quando nasci estive sem oxigénio durante cinco minutos. Era gémea da minha irmã e isso fez com que as enfermeiras e o médico não conseguissem chegar até mim”, começou por dizer, justificando a sua deficiência, que a leva a pintar com os pés.
E passou ao tema Ronaldo: “As notícias falsas deixam-me muito triste e zangada. Fiquei muito contente por ver o Cristiano e por lhe dar as pinturas. O Cristiano Ronaldo é uma pessoa extremamente profissional e com ética, que está sempre envolvido em grandes obras de caridade, e abraçou-me com amor e carinho. Advogados desempregados fizeram acusações contra ele sem a minha autorização ou a da minha família. No Irão, ele cometeu um crime por me abraçar, embora nunca tenhamos apresentado qualquer queixa… Estou muito grata ao Ronaldo pelo seu amor e carinho por mim. Espero que lhe aconteça o melhor na vida e no futebol.”
“Ninguém lhe falou das leis do Irão e ele também não sabia, mas o abraço do Ronaldo foi por amor e carinho e não teve más intenções. Eu e a minha família não temos nada a reclamar, só queremos desmentir estas acusações contra o Cristiano. Ninguém tem o direito de o condenar quando ele não tem nenhuma queixa judicial. Em primeiro lugar, Cristiano Ronaldo não tinha conhecimento desta lei no Irão e, em segundo lugar, eu e a minha família não temos qualquer queixa, pelo que estes rumores e notícias são completamente rejeitados”, reiterou.
Para Fatemeh, conhecer Ronaldo “era um sonho”. “Passei vários anos a desenhar os seus retratos e nem queria acreditar que este sonho se tornou realidade. Eu sonhava há muito tempo em conhecê-lo. Quando o Al-Nassr jogou contra o Persepolis em Teerão, viajei com a minha família da minha cidade natal para me encontrar com o Cristiano no hotel onde a sua equipa estava hospedada. Foi muito precioso para mim. Fiquei muito feliz e ele deu-me a sua camisola de presente! Vou guardá-la como recordação…. É muito importante e valiosa para mim”, concluiu.
Fonte: Jornal OJOGO