César Ventura foi condenado por três crimes de corrupção ativa, com punição acumulada de 3 anos e 4 meses de prisão de pena suspensa. O veredito do processo de aliciamento a jogadores que tinha o antigo empresário como principal arguido foi conhecido esta quarta-feira, no Tribunal de Matosinhos, sem a presença do mesmo, ausente, segundo justificou, por motivos de saúde.
O tribunal deu como provado três crimes de corrupção ativa, no caso os relacionados com o aliciamento a Cássio, Lionn e Marcelo, então no Rio Ave. Já do crime de corrupção na forma tentada, no caso a Salin, antigo guardião do Marítimo, pelo qual também estava acusado, César Boaventura foi ilibado. A medida final da sentença advém da aplicação de uma pena de 1 ano e 8 meses de prisão por cada um dos crimes pelos quais foi condenado.
A decisão tinha sido adiada uma semana depois de, no seu testemunho inicial, Cássio ter dito que o arguido já o tinha “comprado quando contactou” Marcelo. Já em julgamento, o guarda-redes viria a referir ter dito a Marcelo que tinha sido apenas contactado.
César Boaventura estava acusado de quatro crimes de corrupção, relacionados com antigos atletas do Rio Ave e Marítimo para perderem encontros com o Benfica, em 2016. O emblema encarnado não está implicado no processo, depois do Ministério Público considerar não ter sido provado que as ações do antigo empresário surgiram por ordem ou a pedido dos dirigentes do Benfica.
César Boaventura enfrenta ainda um outro processo por burla, branqueamento de capitais e outras acusações sobretudo de cariz financeiro no âmbito da Operação Malapata, que também deverá ver revelada a sentença no dia 22 deste mês.
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