César Ventura foi condenado por três crimes de corrupção ativa, com punição acumulada de 3 anos e 4 meses de prisão de pena suspensa. A continuidade da suspensão da pena está sujeita ao pagamento, por parte de Boaventura, de 30 mil euros a instituições de caráter social ou desportivo no prazo de três anos, tendo de comprovar a entrega em cada ano de 10 mil euros.
O veredito do processo de aliciamento a jogadores que tinha o antigo empresário como principal arguido foi conhecido esta quarta-feira, no Tribunal de Matosinhos, sem a presença do mesmo, ausente, segundo justificou, por motivos de saúde. Carlos Melo Alves, advogado de César Boaventura, já fez saber que irá recorrer da decisão para o Tribunal da Relação do Porto.
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O tribunal deu como provado três crimes de corrupção ativa, no caso os relacionados com o aliciamento a Cássio, Lionn e Marcelo, então no Rio Ave. Já do crime de corrupção na forma tentada, no caso a Salin, antigo guardião do Marítimo, pelo qual também estava acusado, César Boaventura foi ilibado.
A medida final da sentença advém da aplicação de uma pena de 1 ano e 8 meses de prisão por cada um dos crimes pelos quais foi condenado. De notar que, além desta punião, César Boaventura estará também impedido de trabalhar profissionalmente como agente de jogadores durante dois anos.
A decisão tinha sido adiada uma semana depois de, no seu testemunho inicial, Cássio ter dito que o arguido já o tinha “comprado quando contactou” Marcelo. Já em julgamento, o guarda-redes viria a referir ter dito a Marcelo que tinha sido apenas contactado.
César Boaventura estava acusado de quatro crimes de corrupção, relacionados com antigos atletas do Rio Ave e Marítimo para perderem encontros com o Benfica, em 2016. O emblema encarnado não está implicado no processo, depois do Ministério Público considerar não ter sido provado que as ações do antigo empresário surgiram por ordem ou a pedido dos dirigentes do Benfica.
César Boaventura enfrenta ainda um outro processo por burla, branqueamento de capitais e outras acusações sobretudo de cariz financeiro no âmbito da Operação Malapata, que também deverá ver revelada a sentença no dia 22 deste mês.
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