De praticamente vendido a titular. Num curto espaço de tempo, a vida de Borevkovic transformou-se numa autêntica montanha-russa. Em pleno verão, o defesa-central croata esteve com pé e meio na MLS, onde iria representar o Charlotte FC, mas o negócio ruiu, o que abriu via à inesperada continuidade em Guimarães. Quatro meses depois, é titular no Vitória e não podia estar mais satisfeito.
“Nunca deixei de confiar em mim. Meti na cabeça que só precisava de ter uma oportunidade e que iria agarrá-la bem mal ela surgisse. Mas não foi fácil. Não fiz a pré-época com a equipa, só me juntei ao grupo a meio de agosto. Três meses depois, surgiu a primeira oportunidade. Não foi fácil. Cheguei a ter dúvidas em relação à minha preparação, mas depois senti que estava muito confiante quando surgiu o momento de jogar”, explicou Borevkovic, em declarações aos meios do clube.
De regresso a Guimarães depois de uma época de empréstimo ao Hajduk Split, da Croácia, o defesa-central está determinado em mostrar o que vale. “Quando regressei a Guimarães, pensei assim: ‘é agora que vou mostrar quem sou’. Mal surgiu a primeira oportunidade, dei tudo no sentido de demonstrar o meu melhor. Quero que as pessoas conheçam o verdadeiro Borevkovic”, apontou.
O momento individual é bom e saltou mais à vista na última partida, diante do Sporting, num jogo em que Borevkovic teve a difícil tarefa de travar Viktor Gyökeres. Um duelo intenso que o central dissecou. “Foi mérito de toda a equipa. Contei muito com a ajuda dos meus companheiros do meio-campo e da defesa. Em conjunto, fizemos um bom trabalho. Sabíamos que o Sporting procura muito a profundidade, tendo o Gyökeres como referência, e estávamos preparados para isso. Fizemos tudo aquilo que o mister pretendia”. “Estive sempre atento à profundidade desse avançado do Sporting, jogando na antecipação e tirando partido da minha velocidade. Pode não se notar muito, mas tenho [risos]”, referiu, prosseguindo com as palavras positivas em relação ao sueco do Sporting.
“O Gyökeres está entre os melhores avançados que já defrontei. Assim, de repetente, recordo-me de já ter defrontado o Darwin Nuñez, o Bas Dost. São jogadores com muita, muita qualidade e, nesta altura, o Gyökeres já é um importante valor no futebol europeu. Mérito dele. No entanto, o Vitória também tem bons jogadores e, por isso, fizemos um jogo muito bom”, frisou.
Mas se a fase individual é boa, a verdade é que a coletiva não fica nada atrás. O Vitória venceu as últimas três partidas que disputou, a última das quais diante do Sporting (3-2). O segredo, diz Borevkovic, é a mentalidade incutida por Álvaro Pacheco. “Essa ideia de jogarmos como campeões [da autoria do treinador] entrou na cabeça de todos. Há grande competitividade nos treinos e isso depois vê-se nos jogos. Somos campeões todos os dias. Ninguém baixa a cabeça nos treinos, de tal forma que todos estão preparados e em condições de jogar, dando tudo em busca da vitória”, disse.
No entanto, o defesa-central não se agarra ao passado e quer mais triunfos. “Fizemos um grande jogo, ganhámos, mas foram só três pontos. Isso não valerá nada se não ganharmos o próximo jogo. Agora só estamos focados na partida com o Boavista de modo a continuarmos a subir na classificação”, atirou.
Atualmente, o Vitória está a apenas seis pontos da liderança da Liga Betclic. Ainda assim, Borevkovic não olha para esse dado como algo que dê conforto. “Não encaramos isso como uma situação confortável. Queremos sempre mais, queremos ganhar todos os jogos. Sinceramente, não estamos satisfeitos. Só importa agora ganhar o próximo jogo para nos aproximarmos dos lugares cimeiros”
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