O Sp. Braga foi esta quarta-feira eliminado nos oitavos de final da Taça de Portugal, após perder com o Benfica (3-2) no Estádio da Luz, que seguiu assim em frente na competição.
Em declarações no final da partida, Artur Jorge lamentou a falta de eficácia defensiva que a equipa apresentou esta noite na Luz, deixando, ainda assim, elogios ao compromisso dos seus jogadores. “O resultado e aquilo que é o jogo resume-se ao resultado final porque este jogo não tem margem para erro. Fomos afastados de uma competição em que queríamos continuar. Mas fizemos um jogo com personalidade, com uma entrada forte na primeira parte. Controlámos o jogo do Benfica. Custa mais porque fiquei com a sensação que a equipa trabalhou imenso, mas com erros que acabámos por cometer, contra equipas que têm a qualidade com o Benfica tem, resultou que tivéssemos sofrido aqui três golos”, começou por dizer o técnico dos arsenalistas, em declarações na ‘Sport TV’.
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Compromisso dos jogadores
“Não tenho nenhuma razão de queixa em jogo algum no compromisso dos jogadores, o Sp. Braga tem caráter e busca sempre a vitória. Fizemos aqui dois golos mas defensivamente não fomos eficazes como queríamos.”
Alterações
“A do Lukas foi por opção, por achar que merece jogar e queria aferir aquilo que é a sua competência. Já o José Fonte não estava em condições para aqui jogar. Temos plantel para colocar jogadores, assim como o Paulo Oliveira teve hoje competência para corresponder.”
Baixas no plantel
“Sim, são baixas. Se acrescentarmos ainda o Álvaro Djaló que está condicionado… Mas nunca o fiz, então não me vou queixar agora.”
Calendário complicado com jogos contra rivais
“Sabíamos que íamos ter um mês extremamente complicado, com todas as competições a serem jogadas nesta altura, em termo de decisões. Ainda temos muitos jogos pela frente e competições, mas queremos dar uma resposta capaz e competente já frente ao FC Porto, numa competição que também nos diz muito como é o caso do campeonato.”
Jogo 1.000 de Moutinho
“Faço parte daquilo que é o momento recente do João, tenho pena que hoje não tenhamos levado daqui a vitória porque também seria justo para ele. Mil jogos é algo notável e ele está de parabéns pela carreira que tem tido”, terminou.
Em declarações à RTP:
Onde esteve a diferença para o Benfica vencer?
“Nesse aspeto não tenho dúvidas nenhumas porque é um objetivo que cai para nós. Já tínhamos assumido. O ano passado estivemos no Jamor e queríamos ter disputado mais uma final. Diria que o fator que determina o resultado foi a nossa falta de eficácia defensiva. Creio que sofremos golos difíceis de aceitar frente a uma equipa forte que aproveita todos esses momentos porque taticamente a equipa cumpriu a missão. Tivemos um Sp. Braga que acabou por entrar forte em cada uma das partes, fazendo golo em cada início dessas partes, em que acaba por ter domínio do jogo na primeira parte, controlando as partes ofensivas do Benfica. Numa segunda parte, e já depois do 2-2, acabámos por ter algumas ocasiões e até sermos dominantes nesse momento também, mas a verdade é que aquilo que fica é o resultado e o que nos custa mais é que sentimos que demos muito. Os jogadores correram imenso, deram imenso e foram muito rigorosos dentro daquilo que tínhamos pedido. Custa-me mais por isso, mas temos de levantar a cabeça porque temos já no próximo domingo um jogo importantíssimo para nós onde não temos tempos para lamentos.”
Ausências da CAN. Influenciaram o jogo?
“Não diria tanto estrategicamente porque temos tido tentando manter aquilo que tem sido a identidade da equipa, mas a verdade é que acabámos por ficar mais limitados apenas e só. Temos o Al Musrati fora, o Bruma fora, o Álvaro que hoje jogou pouco porque está condicionado… Mas é de facto um número de jogadores considerável para uma equipa que procura manter em termos de rendimento de todo o plantel e é dessa forma que vamos para os jogos, sem qualquer lamento. Hoje apresentámos aqui os melhores e os melhores deram aqui uma boa resposta. Pena foi o resultado.”
Ciclo complicado para o Sp. Braga: dérbi do Minho, jogo com o Benfica e com o FC Porto
“Temos uma abordagem durante este mês e o próximo de fevereiro de grande exigência para nós e com jogos de extrema dificuldade e nós temos de ser capazes de gerir aquilo que são as expectativas e as nossas próprias ambições porque temos a ambição e queremos fazer mais do que aquilo que fizemos obviamente. Mas também temos de perceber e continuar a trabalhar porque temos muitos jogos pela frente, muitas competições para disputar e, portanto, terá de ser sempre essa a máxima dentro do Sp. Braga para podermos rapidamente deixar para trás aquilo que já não há volta a dar. Olhar para a frente porque o futuro leva-nos a pensar e olhar que temos, de facto, jogos de grande exigência, em que vamos ter de dar uma grande resposta. Tão boa como a que demos hoje, mas com um resultado melhor”, concluiu.
[artigo atualizado às 23:27]
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