Com a expulsão de Mariana Cabral, foi o adjunto João Mateus a assumir a palavra e fez questão de destacar a boa exibição das leoas, num jogo no qual o Sporting se apresentou com algumas novidades na sua estrutura. Algo que o técnico adjunto justificou.
“Defendemos com uma linha de quatro, onde a Fátima [Pinto] integra como defesa central e depois com bola sobe para se juntar à Joana criando um duplo pivô na nossa construção a três. Já jogámos com a Ana Borges também a fazer esse trabalho, jogando como extremo e defendendo como lateral. Vem da nossa análise nos últimos tempos, para casar com as características das nossas jogadoras, permitindo também dar às médias ofensivas mais liberdade para ocupar os espaços que achamos relevantes. Depois, a Fátima [Pinto] também é uma jogadora que nos dá muito ao nível da agressividade, da comunicação, o que é importante. É um desdobramento que nos tem dado muitas garantias e que tem corrido bem”, começou por comentar.
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Vitória que reduz diferença para o Benfica
Não pensámos muito no pós este jogo. Estávamos muito focadas em apresentarmo-nos aqui bem hoje. Por isso elas estiveram excecionais a executar o que tínhamos planeado para hoje. E o resultado de hoje deve-se muito a essa capacidade delas de executar o que tínhamos trabalhado durante a semana, que é o mais difícil no futebol.
Foi, obviamente, uma vitória importante por isso [reduzir para dois pontos a distância para o Benfica na classificação], mas nunca pensámos no que seria o pós. Pensamos apenas em chegar aqui bem, com uma atitude inegociável, como costumamos falar, e essa atitude foi o que nos colocou mais perto da vitória. Mas, somos a mesma equipa que perdeu em Valadares, continuamos no segundo lugar e o que temos de fazer é continuar focadas em nós, evoluir todos os dias, sermos melhores, corrigir as coisas que não correram muito bem e continuar a evoluir para poder continuar lá em cima a discutir até ao final.
Importância de marcar cedo
Não digo que foi um fator determinante, mas foi importante porque marcar cedo, especialmente num dérbi, que é um jogo muito emocional, facilita e ajuda um bocadinho. Mas elas hoje estavam tão focadas na tarefa, tão ligadas entre si, que tínhamos a certeza de que independentemente do que acontecesse no primeiro minuto de jogo, mesmo que o golo fosse do adversário, íamos sempre reagir e dar a volta por cima. Um golo no primeiro minuto ajuda sempre, mas não foi determinante. Permitiu-lhes relaxar um bocadinho mais, mas continuámos a pressionar e a executar da mesma forma. Foi um fator importante, mas não determinante para o resultado final”.
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