O Benfica defronta amanhã as suecas do Rosengard em encontro da 5ª jornada do grupo A da Liga dos Campeões feminina e, caso somem os mesmos pontos do Eintracht Frankfurt nesta ronda – as alemãs jogam fora contra o Barcelona –, as encarnadas apuram-se pela primeira vez para os quartos de final da competição. Na iminência de uma histórica qualificação, a treinadora Filipa Patão destacou o crescimento da equipa a nível europeu nas últimas temporadas.
“Trabalhámos para este momento, acreditámos que era possível com o grupo de trabalho que temos e com o projeto que o Benfica tem. Isto seria uma realidade mais cedo ou mais tarde. Tem sido por isto que temos lutado todos os anos na Liga dos Campeões e na liga portuguesa, que é o que os permite chegar até aqui. Temos vindo a mostrar uma subida de rendimento ao longo dos anos, com conquistas na parte europeia, mas isto é apenas o percurso e não o final”, começou por dizer.
“É o jogo mais importante do Benfica agora, a seguir a este objetivo teremos mais. É o que nos diferencia: não colocarmos limites. Quisermos ir primeiro de tudo a uma fase de grupos da Champions, foi inédito e histórico, mas quisemos mais e agora estamos próximas dos quartos de final. Sempre que acharmos que é o jogo da nossa vida, amanhã teremos outro e depois de amanhã outro. É este pensamento que a equipa tem tido ao longo dos anos e que nos tem feito crescer e dar mais passos rumo ao objetivo que este clube tem, que é fazer história”, sublinhou.
Neste encontro, na Suécia, as encarnadas não poderão contar com algumas jogadoras importantes como Kika Nazareth, por lesão, ou Lúcia Alves, por castigo: “Os contos de fadas costumam dar muito trabalho e não aparecem por acaso. As jogadoras estão preparadas para dar uma resposta. São baixas de jogadoras que acrescentam, mas este coletivo tem demonstrado capacidade. Somos um conjunto, faltam algumas individualidades, mas como costumo dizer, o azar de uns é a sorte de outras, e de certeza vão aparecer jogadoras para assumir o momento.”
Quanto às adversárias, Filipa Patão destaca a nova treinadora Ieva Cederstroem, que substituiu Joel Kjetselberg, e algumas novas jogadoras que chegaram desde o último duelo, no Seixal, que terminou com uma vitória por 1-0 do Benfica. “A equipa técnica mudou e as jogadoras também mudaram. Estão a preparar-se para uma nova época e tudo o que possam apresentar pode ser diferente dos outros jogos da Champions. O processo e o plano de jogo serão sempre uma incógnita”, admitiu, desvalorizando o frio de Malmö. “Será um jogo em que se lembrarão das soluções e não dos problemas”, atirou.
Ucheibe não espera menos do que uma vitória
Quem também esteve presente na antevisão foi a médio nigeriana Christy Ucheibe, que esteve em destaque no último jogo com o Frankfurt, na Alemanha, e deixou uma garantia: “Não esperamos menos do que ganhar. Estamos preparadas para o jogo. É muito importante coletivamente e individualmente, tanto para o Benfica como para mim. O Rosengard é uma equipa competitiva, mas vamos fazer o nosso máximo e dar tudo de nós. Amanhã vamos deixar a família do Benfica orgulhosa.”
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