Moreno mostrou-se naturalmente desapontado com a derrota do Chaves diante do Sporting, um resultado que diz ter sido justo, mas que se deveu essencialmente ao facto da equipa flaviense ter sofrido o primeiro golo em cima do apito para o intervalo.
“É uma vitória justa do Sporting e não há muito a dizer do jogo. Nos primeiros 15 minutos tivemos algumas saídas, mas nunca tivemos o critério necessário para poder finalizar mesmo nessas saídas. Depois, fomos nós, durante a primeira parte, com erros técnicos a oferecer oportunidades claras ao Sporting, oportunidades que, por mérito também do Hugo [Souza], deixou-nos vivos no jogo, ainda na primeira parte.
A par de não termos a qualidade com bola que eu queria, a minha desilusão da primeira parte é o golo sofrido no momento em que sofremos, mais ainda por ter sido de bola parada, porque na bola parada não há uma diferença assim tão grande na qualidade técnica entre as equipas. Teríamos de ser mais agressivos, mais competentes. Penso que esse é o momento que marca claramente o jogo porque ir para o intervalo empatado e ir em desvantagem é diferente.
Ao intervalo, tentei passar um pouco de tranquilidade à equipa, a dizer que estávamos dentro do jogo, mas não foi isso que aconteceu. Entrámos na segunda parte e, ao fim de 10 minutos, aí sim por qualidade técnica do Sporting, marcou dois golos e retirou-nos claramente do jogo.
Depois, a equipa teve uma reação, mas já era difícil, portanto, não há muito a dizer. Vitória justa do Sporting e nós a perceber que temos de melhorar em muitas coisas além desses erros técnicos, ter mais qualidade com bola, sermos mais agressivos sem bola. É esta a reflexão que nós temos de fazer para podermos sair desta situação desconfortável e termos uma segunda volta muito melhor do que aquela que fizemos na primeira.
Esquema tático
Tanto no Dragão como em Famalicão, jogámos com uma linha de quatro [defesas], não quisemos mudar a estrutura em função da chegada do Vasco [Fernandes], que fez bem aquilo que lhe pedimos numa primeira fase, a jogar como 6, o médio de equilíbrio, depois a baixar para a linha de quatro. Foi isso que pretendia, não mudar a nossa estrutura. Agora, no futuro, vamos ver se é para estar com uma linha de quatro, voltar à linha de cinco, ver o que é melhor para nós, mas, acima de tudo, temos de melhorar em erros que, a este nível, se pagam muito caros”.
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